Justiça da Colômbia ordena caça aos "hipopótamos da cocaína" de Pablo Escobar
O problema dos "hipopótamos da cocaína" que pertenciam a Pablo Escobar pode estar perto do fim na Colômbia. Após a morte do traficante, eles foram abandonados e, com o passar dos anos, se reproduziram fora de controle, causando um sério desequilíbrio ecológico. Agora, a Justiça do país determinou que os animais podem e devem ser legalmente caçados.
Explosão populacional
O Tribunal Administrativo de Cundinamarca informou ao Ministério do Meio Ambiente da Colômbia que o órgão tem três meses para colocar em prática “um regulamento que contemple medidas para a erradicação da espécie”, expressando que essas medidas devem incluir “caça controlada e esterilização”. A medida tem o objetivo de impedir que a população dos hipopótamos continue crescendo, o que pode degradar os ecossistemas fluviais, além de ameaçar a vida selvagem e a segurança dos habitantes da área.
Na época em que era o "rei da cocaína", Escobar montou um zoológico particular em Puerto Triunfo. Lá, havia espécies como girafas, zebras e rinocerontes. Quando o traficante foi morto, em 1993, os animais foram transferidos para outros lugares, com exceção dos hipopótamos, que eram muito agressivos. Vivendo de forma selvagem, a população original de quatro hipopótamos aumentou para cerca de 130.
Anteriormente, várias soluções foram propostas para resolver o problema dos hipopótamos, que são considerados uma espécie invasora na Colômbia. Uma delas, que previa o abate dos animais, nunca foi posta em prática pois foi alvo de protestos. Mais recentemente, tentou-se esterilizar os hipopótamos, mas a estratégia não deu certo.