Hipopótamos de Pablo Escobar precisam ser abatidos, defendem cientistas
Os hipopótamos do traficante Pablo Escobar são uma constante fonte de problemas na Colômbia. A soltura dos animais na natureza na década de 1990 causou um desequilíbrio ecológico que se agrava a cada ano. Um novo estudo publicado na revista Biological Conservation apontou que o abate deles seria a única forma de conter seu impacto ambiental.
No auge de sua trajetória como "rei da cocaína", Escobar montou um zoológico particular em Puerto Triunfo, na Colômbia. Lá, havia animais como girafas, zebras e rinocerontes. Quando o traficante foi morto, em 1993, os bichos foram transferidos para outros lugares, com exceção dos hipopótamos, que eram muito agressivos. Vivendo de forma selvagem, a população original de quatro hipopótamos aumentou para mais de 80, de acordo com a última estimativa.
Os cientistas dizem que a população de hipopótamos chegará a mais de 1.400 espécimes já em 2034 caso eles não sejam abatidos. "É óbvio que sentimos pena desses animais, mas, como cientistas, precisamos ser honestos", disse uma das autoras do estudo, a bióloga colombiana Nataly Castelblanco, em entrevista à BBC.
Os pesquisadores acreditam que os hipopótamos podem afetar o ecossistema local de várias maneiras, colocando em risco até mesmo espécies em extinção, como o peixe-boi e as tartarugas gigantes. No ano passado, um estudo havia revelado que a presença dos hipopótamos também está afetando os recursos hídricos da região. Esses animais se alimentam durante à noite e passam os dias se refrescando na água, onde também defecam. A grande produção de estrume causa alterações na química e no oxigênio dos lagos.
Fonte: Época
Imagens: Shutterstock.com e Universidade da Califórnia em San Diego/Reprodução