Loja do Rio Grande do Sul que vendia artefatos nazistas pela internet é investigada
Uma loja online de Gravataí, no Rio Grande do Sul, que comercializava artefatos nazistas está sendo investigada pela Polícia Civil. Entre os produtos vendidos, estavam peças de tecido com o logotipo da SS (organização militar do Terceiro Reich) e a Cruz de Ferro. Esses itens são conhecidos como "patches" e servem para ser bordados em roupas.
Apologia ao nazismo
O caso foi encaminhado para a 1ª Delegacia de Polícia da cidade. O proprietário do estabelecimento comercial responde pelo delito de praticar, induzir ou incitar a discriminação e o preconceito de raça, cor, etnia ou religião. Os produtos eram oferecidos em uma plataforma de vendas online, que retirou os anúncios após uma denúncia feita por ativistas antinazistas. O suspeito de comercializar os artefatos também foi proibido de postar novos anúncios.
No ano passado, casos semelhantes foram investigados em Santa Catarina. Em Timbó, policiais fecharam uma fábrica de artefatos nazistas, como imagens de Adolf Hitler, canecas estampadas com a suástica e uma réplica do capacete usado pela SS. Em Nova Trento, foi registrado o caso de uma loja de antiguidades que vendia um busto de Hitler.
Pela lei brasileira, apologia ao nazismo é crime. Nem é necessário haver atos de violência ou incitação direta à violência para que o delito ocorra. O código penal prevê pena de reclusão de dois a cinco anos para quem "fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo".