A mulher que organizou a fuga de nazistas para a América do Sul
Por Thiago Gomide do Tá na História.
Parceria HISTORY e Tá Na História
Clara Stauffer era o nome de batismo. Mas ninguém chamava assim. Todo mundo conhecia como Clarita.
Filha de pai rico, diretor de cervejaria, Clarita era alemã, mas se estabeleceu em Madri. Acabou com as duas nacionalidades. Isso ajudaria muito a moça, que era atleta de natação e xadrez, a se safar de ser julgada após a Segunda Guerra e a fazer parte de uma rede internacional para facilitar a fuga de nazistas.
Clarita era fã de Hitler. Tinha foto pendurada na parede e tudo. Ela fazia parte, além do esporte, da área de propaganda do partido fascista Falange Espanhola.
Também por causa da ideologia, apesar da Espanha estar neutra, e ela estar em Madri, Clarita foi se envolvendo com oficiais que estavam na Alemanha.
Em 1943, no meio para o final da Guerra, quando havia indícios que o barco estava afundando, por exemplo, ela foi até Berlim conhecer e estudar formas de ajudar as redes de esconderijo de nazistas fugitivos. Como levá-los para outros países? Como arrumar empregos? De que maneira arrumar documentos falsos?
Quando a Segunda Guerra acabou em 1945, ela estava inserida até o pescoço nessa rede. Do apartamento dela em Madri, organizou a fuga e manutenção de mais de 800 fugitivos.
Quer saber os detalhes da vida de Clara? Quer saber como acontecia essa rede de esconderijos? Aperta o play que o Tá na História te conta.
THIAGO GOMIDE é jornalista e pesquisador. Foi apresentador e editor do Canal Futura e da MultiRio, ambos dedicados à educação. Escreveu e dirigiu o documentário "O Acre em uma mesa de negociação". Além de ser o responsável pelo conteúdo do Tá na História, atualmente edita e apresenta o programa A Rede, na Rádio Roquette Pinto ( 94,1 FM - RJ).
A proposta do Tá na História é oferecer conteúdos que promovam conhecimento sobre personagens e fatos históricos, principalmente do Brasil. Tudo isso, claro, com bom humor e muita curiosidade.
Imagem: Domínio público