NASA acredita ter a resposta final sobre a origem dos anéis de Saturno

Saturno é um dos planetas mais peculiares do Sistema Solar e tem despertado a imaginação de cientistas e entusiastas da astronomia ao longo dos séculos. Sua fama se deve, em grande parte, ao conjunto de anéis que o circundam. A origem deles é um dos grandes mistérios da ciência, mas um grupo de pesquisadores acredita ter finalmente desvendado o segredo por trás de sua formação.

Catastrófica colisão

O novo estudo sobre os anéis de saturno foi liderado pela NASA, em colaboração com as universidades de Durham e Glasgow. Os cientistas usaram um supercomputador para simular diferentes tipos de colisões que poderiam ter originado os famosos anéis. No total, foram mais de 200 simulações, com qualidade 100 vezes superior às pesquisas anteriores.

Com os dados obtidos nas simulações de colisão, os especialistas acreditam ter a resposta definitiva sobre a origem dos anéis de Saturno. Os resultados indicam que essas estruturas, compostas quase que inteiramente por fragmentos de gelo, se formaram após a catastrófica colisão entre duas das luas geladas do planeta há algumas centenas de milhões de anos. Os detritos que não foram parar nos anéis também podem ter contribuído para a formação de algumas das atuais luas de Saturno.

“Ainda não temos muitas informações sobre o sistema de Saturno, inclusive a respeito de suas luas que abrigam ambientes que podem ser adequados para a vida”, disse Jacob Kegerreis, cientista do Centro de Investigação Ames, da NASA. “Portanto, é emocionante usar grandes simulações como essas para explorar em detalhes como elas poderiam ter evoluído”, completou.

O novo estudo alinha-se com as evidências de que os anéis de Saturno se formaram recentemente, mas ainda existem grandes questões em aberto. "Se pelo menos algumas das luas geladas de Saturno também são jovens, então o que isso poderia significar para o potencial de vida nos oceanos sob a superfície de mundos como Encélado?", questionaram os cientistas em um comunicado da NASA. Novas pesquisas serão necessárias para responder a essa e outras perguntas.