Lua de Saturno contém ingrediente essencial para a vida, diz novo estudo

Um novo estudo publicado na revista Nature apontou que uma das luas de Saturno possui um componente fundamental para a existência de vida. A equipe liderada por Christopher Glein, do Instituto de Pesquisa Southwest, identificou evidências de que o oceano sob a camada de gelo de Encélado contém fósforo. A descoberta foi possível por meio da análise de dados coletados durante a missão Cassini, da NASA, que explorou o planeta e sua coleção de satélites naturais ao longo de 13 anos.
Avanço na astrobiologia
Durante esse período, a sonda Cassini descobriu a água líquida subterrânea de Encélado e coletou amostras de uma coluna de gases e grãos de gelo ejetados no espaço através de rachaduras na superfície gelada da lua. O novo estudo analisou esse material e revelou a presença de fosfatos de sódio. "Agora, temos uma prova concreta do fósforo abundante nas amostras de gelo das plumas (colunas de vapor) originadas do oceano subsuperficial", disse Glein.

O fósforo, na forma de fosfatos, desempenha um papel fundamental para a existência de vida na Terra. O componente é indispensável para a criação de moléculas essenciais como DNA e RNA, bem como para compostos transportadores de energia, membranas celulares, ossos, dentes e até mesmo para o equilíbrio de microorganismos em nossos oceanos. Sem fosfatos, a vida como a conhecemos seria impossível.
"Essa descoberta notável representa um avanço significativo na astrobiologia e impulsiona dramaticamente nossa busca por vida extraterrestre", disse Glein a respeito da presença de fósforo na lua de Saturno. "Com essa revelação, o oceano de Encélado satisfaz o requisito mais rigoroso para a vida. O próximo passo crucial é claro: precisamos retornar para investigar se seu oceano habitável é, de fato, habitado", concluiu.