Negativos enterrados revelam cotidiano dos judeus poloneses na Segunda Guerra
Fotos de Henryk Ross mostram como era a vida nos guetos criados pelos nazistas!
Quando os nazistas invadiram a Polônia, em 1939, criaram guetos para aprisionar e controlar a comunidade judaica nas cidades maiores.
Naquela época, em Lódz, a 140 km de Varsóvia, Henryk Ross atuava como repórter fotográfico num desses guetos. Quando não estava trabalhando, fazia de tudo para documentar o dia a dia nesses espaços, capturando em seus filmes toda tristeza, fome, sujeira e uma ou outra rara manifestação de alegria que pudesse encontrar.
Mesmo sob o risco de ser pego e morto pelos nazistas, Ross continuou seu trabalho até 1944, quando a Revolta de Varsóvia tentou expulsar os invasores e acabou derrotada. Nessa hora, Ross sabia que mais cedo ou mais tarde seria levado à morte nos campos de concentração.
Na esperança de que seu trabalho pudesse ser encontrado, ele separou 6.000 dos seus negativos, guardou numa caixa e enterrou no jardim da sua casa.
Quando os soviéticos libertaram a Polônia, em 1945, apenas 877 dos 200 mil judeus poloneses sobreviveram – e Ross estava entre eles.
Quando pôde finalmente voltar para casa, meses mais tarde, ele desenterrou a caixa. Boa parte do material havia sido danificada pela umidade, mas vários outros sobraram para contar a história.
O trabalho de Ross, expressivo e forte, pode ser encontrado na Galeria de Arte de Ontário, em Toronto, no Canadá. Ele morreu em 1991, aos 80 anos.
Fonte: Mashable
Imagens: Henryk Ross, Collection of the Art Gallery of Ontario