O incrível tesouro que monges cristãos esconderam dos vikings na Escócia
Há sete anos, um homem encontrou diversos artefatos de valor enterrados na cidade de Balmaghie, na Escócia, uma das descobertas arqueológicas mais importantes da história do Reino Unido. Entre os objetos, estavam braceletes, anéis e alfinetes de ouro. Inicialmente, os pesquisadores acreditavam que o Tesouro de Galloway, como foi chamado, pertencia aos vikings, mas novas análises apontam para uma história diferente.
Tesouro viking ou cristão?
O novo estudo indica que, apesar do tesouro datar da Era Viking (793-1066), ele teria sido enterrado por monges ou sacerdotes cristãos. Entre os artefatos, o destaque é um vaso com tampa de metal envolto em lã e outros tecidos. "O vaso é de fora da Europa, potencialmente vindo de uma distância de milhares de quilômetros, e a lã é anterior à Era Viking", disse Martin Goldberg, curador do Museu Nacional da Escócia.
Por uma série de motivos, os pesquisadores desconfiam que o tesouro foi escondido por religiosos cristãos. Em 902 d.C., os irlandeses expulsaram os vikings de Dublin. Como resultado, os guerreiros navegaram pelo Mar da Irlanda e invadiram o que hoje é o sudoeste da Escócia. Foi quando os nórdicos tomaram o controle de Whithorn, uma área onde havia uma igreja e que fica próxima ao local onde o tesouro foi encontrado.
Além disso, as escavações sugerem que pode haver um sítio arqueológico eclesiástico na região. Talvez um bispo medieval, possivelmente de Whithorn, estivesse visitando igrejas locais quando soube dos invasores vikings e avisou seus colegas. Os religiosos então podem ter escondido objetos de valor e relíquias, temendo que eles fossem saqueados pelos guerreiros nórdicos.
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Fonte: Live Science
Imagens: Museu Nacional da Escócia/Reprodução