O polêmico casamento de Elizabeth II com o Príncipe Philip
O casamento entre Elizabeth II e Philip Mountbatten foi a união real mais longeva da história, durando 74 anos. Mas o matrimônio esteve cercado de polêmicas desde o início. As controvérsias envolveram suspeitas sobre conexões com o nazismo e rumores sobre supostos casos extraconjugais.
Irmãs ficaram de fora do casamento
Enquanto primos de terceiro grau (ambos eram tataranetos da rainha Vitória e do príncipe Albert) o casal real se encontrou pela primeira vez em eventos familiares, incluindo a coroação do rei George VI, em 1937. Mas, segundo Sally Bedell Smith, biógrafa da rainha, a paixão entre os dois começou a despertar em 1939. Foi quando a princesa (que tinha então 13 anos) visitou com sua família o Royal Naval College em Dartmouth, onde Philip era cadete.
O relacionamento floresceu ao longo da Segunda Guerra Mundial, durante o serviço de Philip na Marinha Real no Mediterrâneo e no Pacífico. Em 1946, ele propôs casamento a Elizabeth na propriedade da família real em Balmoral, na Escócia. Por insistência do rei George VI, o anúncio do noivado foi adiado até que sua filha mais velha completasse 21 anos.
Em alguns aspectos, Philip, filho do Príncipe Andrew da Grécia, era uma escolha tradicional, mas, por outro lado, o romance causou polêmica. Os cortesãos do palácio e os amigos e parentes aristocráticos da família real o viam como um estrangeiro irreverente – referindo-se a ele como “alemão” ou mesmo “huno”. O fato de que as irmãs de Philip foram casadas com membros do partido nazista também gerou mal-estar. Devido a essas conexões com o Terceiro Reich, elas não foram convidadas para o casamento entre ele e Elizabeth II.
Houve também boatos envolvendo supostas infidelidades de Philip. Mas, apesar de rumores sobre seu envolvimento com mulheres como a escritora Daphne du Maurier e a estrela de cabaré Helene Cordet, não há evidências de que ele tenha traído Elizabeth.