Ossos de bebês encontrados em esgoto do Império Romano esconderiam terrível segredo

Arqueólogos fizeram uma descoberta sinistra ao escavar uma casa de banhos da época do Império Romano em Ashkelon, em Israel, no ano de 1988. No esgoto embaixo da edificação, eles encontraram os ossos de cerca de 100 bebês, sendo que a maioria era do sexo masculino. Os pesquisadores acreditam que haja um terrível motivo por trás da presença desses restos mortais no local. 

Vítimas de infanticídio

Um estudo feito em 1992 concluiu que a boa condição dos ossos sugere que os corpos dos bebês foram eliminados logo após a morte "quando os tecidos moles ainda estavam presentes". De acordo com os pesquisadores, enterrar pessoas em esgotos era uma prática incomum para a época. "A presença dos bebês no esgoto levantou suspeitas de que eles poderiam ser vítimas de infanticídio ou que algum desastre em massa causou um colapso nas práticas funerárias normais", afirmaram os autores do estudo.

Ao examinar os restos mortais com mais detalhes, eles encontraram manchas de óxido de ferro em muitos dos dentes dos bebês. "O óxido de ferro estava concentrado na camada externa do esmalte imaturo em desenvolvimento e pode representar produtos de degradação da hemoglobina liberados por sangramento nos tecidos orais no momento da morte", disse. Segundo os cientistas, a presença do elemento pode estar relacionada à morte por asfixia. 

Um segundo estudo, publicado em 1998, sugere uma hipótese cruel para o que pode ter acontecido com os bebês. De acordo com os autores, a casa de banho poderia ser um bordel e as crianças mortas seriam filhos indesejados das mulheres que trabalhavam no local. Como a maioria dos esqueletos era de meninos, os pesquisadores acreditam que as meninas teriam sido poupadas para se prostituírem no futuro.