Pai da bomba atômica é absolvido após 68 anos: Oppenheimer não era espião
Durante a Segunda Guerra Mundial, Robert Oppenheimer liderou o Projeto Manhattan, promovido pelo presidente Franklin Delano Roosevelt, para desenvolver a bomba atômica para os Estados Unidos. Como resultado, em 6 e 9 de agosto de 1945, os EUA destruíram as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki com as bombas 'Little Boy' e 'Fat Man', matando mais de 450 mil pessoas, o que marcou o fim do conflito.
Espionagem para a URSS
Desde então, Oppenheimer é conhecido mundialmente como o pai da bomba atômica. Mas o que nem todos sabem é que, em 1954, a Comissão de Energia Atômica dos EUA retirou seu acesso a informações confidenciais por supostamente manter relações com o partido comunista dos Estados Unidos na década de 1930. Isso levantou suspeitas de que ele pudesse espionar para a União Soviética.
A decisão impediu Oppenheimer de acessar os códigos necessários para seu trabalho. Isso basicamente colocou um fim na carreira do cientista. Ele morreu em 1967, sem que o governo retificasse sua posição.
Agora, o Departamento de Energia dos Estados Unidos anulou a decisão de 1954, alegando que o processo era falho e violava as regras da própria Comissão. O órgão afirma que tinha "a responsabilidade de corrigir o registro histórico e honrar as profundas contribuições de Oppenheimer à defesa nacional e à atividade científica em geral dos Estados Unidos".