Pesquisadores da NASA descobrem um extinto oceano marciano, muito maior que o atual Oceano Ártico
Cientistas da NASA divulgaram suas conclusões sobre a análise das geleiras e dos dados atmosféricos do planeta Marte. De acordo com um comunicado da entidade espacial, há 4.300 milhões de anos o planeta vermelho abrigou um oceano imenso, com um volume de água maior que o do Ártico.
“Nosso estudo estima o volume de água que Marte possuía e aquele que se evaporou para o espaço posteriormente”, explicou o cientista Gerónimo Villanueva. A análise foi baseada em dados fornecidos por três telescópios especializados, capazes de diferenciar os indícios de dois tipos de água presentes na atmosfera marciana: água pesada e água semipesada, cujas moléculas possuem um átomo de hidrogênio deslocado pelo isótopo deutério (HDO).
Dessa forma, após análises exaustivas do nível desses dois tipos de água, os especialistas conseguiram calcular os volumes do elemento líquido que existiria em Marte se não tivessem evaporado para o espaço. Segundo o estudo, atualmente, Marte conserva somente 13% da sua água original em geleiras. Há 4.300 milhões de anos, o planeta possuía um oceano cuja extensão cobria 19% do seu território, com regiões onde a profundidade da água alcançava mais de 1,6 km – número que supera o tamanho atual do Oceano Ártico.
Fonte: NASA
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