A polêmica estatueta fincada secretamente na Lua em 1971
Artista até tentou lucrar em cima do episódio, mas se deu mal.
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Tudo começou quando, semanas antes de viajar ao espaço, David Scott se reuniu secretamente com Paul van Hoeydonck em um restaurante. Na época, o comandante propôs ao artista a criação de uma obra para homenagear os astronautas caídos em missões espaciais anteriores.
Em um pacto, eles concordaram em nunca mais falar sobre o que discutiram naquele dia: Scott encomendou uma estatueta sem definições de gênero ou etnia, elaborada com materiais capazes de resistir às inclemências da superfície lunar.
Paul van Hoeydonck aceitou imediatamente o desafio, embora, hoje, quase meio século depois, sua versão e a do comandante apresentem divergências: Scott afirma que fez um pacto para manter o anonimato absoluto sobre a autoria da estatueta; já o artista diz que isso nunca ocorreu.
Finalmente, em 26 de julho de 1971, a missão Apolo 15 partiu em direção à Lua e, alguns dias depois, sem que seus companheiros soubessem, Scott fincou, na superfície lunar, a estatueta e uma estela, na qual figuravam os nomes de 14 astronautas mortos no espaço.
Scott tirou uma foto dos dois objetos com o intuito de publicá-la na sua volta. No entanto, ninguém soube desse fato até 1972, quando, durante o lançamento da missão Apolo 16, o jornalista Walter Cronkite faz uma menção à fotografia.
Foi então que, repentinamente, van Hoeydonck fez várias aparições públicas, dizendo que era o criador da estatueta e que possuía 950 réplicas para vender a 750 dólares cada uma. Scott se opôs enfaticamente e negou qualquer direito sobre a obra. Até hoje, o artista afirma ter vendido somente uma réplica e por uma quantia muito pequena.
Fonte: Infobae
Imagem: NASA/Domínio público