Por que Rui Barbosa queimou documentos da escravidão?
Por Thiago Gomide do Tá na História
Parceria HISTORY e Tá Na História
Uma das grandes polêmicas do Brasil republicano é: por que Rui Barbosa mandou queimar arquivos comprometedores sobre a escravidão?
O advogado Rui Barbosa é um dos homens mais importantes da história do Brasil. Lutou pela abolição, foi Senador, representante brasileiro na Conferência de Paz de Haia, importante evento de discussão pela paz.
Orador fortíssimo, começou a treinar discursos ainda muito pequeno, em cima de caixas de madeira. Em Haia, ficou conhecido internacionalmente como Águia, por causa do olhar apurado.
Rui Barbosa foi ministro da Fazenda de Deodoro da Fonseca, bem no começo da república.
No dia 14 de dezembro de 1890, ele determinou que deveríamos queimar livros de matrícula, de controle aduaneiro e de recolhimento de tributos que envolvessem pessoas escravizadas. Documentos que estavam no ministério da Fazenda, ok?
Por que ele fez isso? Aperte o play. Tem tudinho no vídeo.
Até hoje há críticas a essa atitude. Na época, o deputado Francisco Coelho Duarte Badaró se pronunciou contra, que aquilo atentava contra a memória.
Muitas críticas atravessam a dificuldade de entender o passado de pessoas escravizadas, de composição de quilombos, de parte importante da composição da nossa sociedade.
E você, o que acha? Rui Barbosa fez certo ou errado?
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THIAGO GOMIDE é jornalista e pesquisador. Foi apresentador e editor do Canal Futura e da MultiRio, ambos dedicados à educação. Escreveu e dirigiu o documentário "O Acre em uma mesa de negociação". Além de ser o responsável pelo conteúdo do Tá na História, atualmente edita e apresenta o programa A Rede, na Rádio Roquette Pinto ( 94,1 FM - RJ).
A proposta do Tá na História é oferecer conteúdos que promovam conhecimento sobre personagens e fatos históricos, principalmente do Brasil. Tudo isso, claro, com bom humor e muita curiosidade.