Portugal pode emprestar o coração de D. Pedro I ao Brasil para o bicentenário da Independência
Quando morreu, em 1834, D. Pedro I pediu em testamento que seu coração fosse enterrado na cidade do Porto, em Portugal (onde governou como D. Pedro IV). Isso porque durante a guerra civil que o imperador travou contra o seu irmão D. Miguel, ele contou com a bravura dos habitantes daquele local. Agora, o órgão pode ser emprestado ao Brasil durante as comemorações do bicentenário da Independência do nosso país, proclamada pelo monarca.
Coração de D. Pedro I
O coração de D. Pedro I está armazenado há 185 anos na Igreja da Lapa, no Porto. Preservado em formol, ele fica guardado em um vaso de prata que está trancado dentro de uma espécie de cofre. O órgão foi visto em público pela última vez em 2015, quando a Câmara do Porto, responsável pelas chaves da urna, autorizou que o coração fosse mostrado para um documentário sobre o imperador.
Segundo informações da Agência Lusa reproduzidas pelo jornal O Globo, o embaixador brasileiro em Portugal, George Prata, confirmou que as autoridades brasileiras manifestaram a vontade de trazer o órgão ao Brasil de forma temporária. "Se não trouxer riscos, seria interessante ceder o coração a título devolutivo", afirmou Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto, ao jornal português Expresso.
O corpo de D. Pedro I havia sido inicialmente sepultado no Panteão da Dinastia de Bragança, em Lisboa, mas foi transferido para o Brasil em 1972 como parte da celebração de 150 anos de Independência. Seus restos mortais repousam na cripta do Monumento à Independência, em São Paulo.