Possível localização dos míticos Jardins Suspensos da Babilônia intriga pesquisadores
A grande dúvida sobre a existência ou não dos míticos Jardins Suspensos da Babilônia ainda é alvo da curiosidade de pesquisadores e também de aficionados por assuntos da Antiguidade. Enquanto arqueólogos buscam provas da existência dos Jardins, alguns estudiosos têm questionado sua existência e defendem que o legendário lugar jamais existiu. Entre as teorias mais recentes sobre a existência ou não dos famosos Jardins está a de uma pesquisadora da Universidade de Oxford, que acredita na existência do mítico lugar, porém, não exatamente no local em que todos imaginavam.
Não apenas o Gênesis, mas vários livros da Bíblia relatam a existência da então poderosa Babilônia (“A Senhora dos Reinos”, de acordo com Isaías). A cidade, considerada invencível, seria mais tarde invadida e destruída, extamente como anunciava uma profecia divinaA pesquisadora Stephanie Dalley, ao longo de duas décadas, estudou antigos textos cuneiformes e, de acordo com suas pesquisas, os Jardins foram construídos a quase 480 quilômetros ao norte da Babilônia, em Nínive (no atual Iraque), a capital do império assírio rival. Ela afirma que o rei assírio Senaqueribe, e não Nabucodonosor II, teria construído a maravilha no início do século VII a.C., ou seja, um século mais cedo do que os estudiosos haviam imaginado.
Um fato que fortalece a hipótese é que escavações recentes em torno de Nínive, perto da atual cidade iraquiana de Moçul, apontaram evidências de um extenso sistema de aquedutos para levar água das montanhas. O estudo chegou para abalar opiniões dos que defendiam que a maravilha antiga nada mais era do que uma "miragem histórica".
Relatos bíblicos
A cidade de Babilônia está presente em vários relatos da Bíblia. Além dos supostos Jardins da cidade, também haveria a Torre de Babel, que, segundo o Gênesis, teria sido construída pelos descendentes de Noé após o dilúvio. Não apenas o Gênesis, mas vários livros da Bíblia relatam a existência da então poderosa Babilônia (“A Senhora dos Reinos”, de acordo com Isaías). A cidade, considerada invencível, seria mais tarde invadida e destruída, extamente como anunciava uma profecia divina.
Textos gregos e romanos já traziam imagens vívidas dos luxuosos Jardins Suspensos da Babilônia. De acordo com eles, o local teria existido em meio à paisagem quente e árida da antiga Babilônia, com vegetação exuberante, enormes cascata e cachoeiras descendo esplanadas. O local também teria plantas exóticas, ervas e flores. As fragrâncias flutuavam no oásis botânico, pontilhado com estátuas e altas colunas de pedra.
Acredita-se que o rei babilônico Nabucodonosor II construiu este paraíso de luxo no século VI a.C. como um presente para sua esposa, Amytis, que estava com saudades de casa. Contudo, para fazer brotar tanta natureza em meio ao deserto, foi necessário realizar maravilhas da engenhara de irrigação. Cientistas imaginam que ali foi aplicado um sistema de bombas, rodas d'água e cisternas para trazer água do rio Eufrates ao topo dos jardins.
As supostas ruínas da Babilônia estariam na cidade de Al Hillah, no Iraque. Era a cidade sagrada do reino babilônico em 2300 a.C. e capital do império de mesmo nome em 626 a.C. A cidade foi destruída por Ciro II da Pérsia, em 539 a.C., tornando-se uma província persa.
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