Inicio

Qual é a verdade sobre o "Alien" do Atacama?

Por History Channel Brasil em 06 de Julho de 2015 às 17:58 HS
Qual é a verdade sobre o "Alien" do Atacama?-0

O misterioso Ata foi descoberto no deserto do Atacama, no Chile, em 2003. Tratava-se um pequeno esqueleto humanoide, com muitas características aparentemente inexplicáveis do ponto de vista científico. Por isso, logo surgiram versões que diziam que eram os restos de um alienígena; e outras que seria um feto prematuro. A verdade é que Ata tinha uma série de peculiaridades enigmáticas: media apenas 15 centímetros de altura, tinha 10 costelas em vez de 12, cabeça em forma de cone e o rosto deformado.

Em 2012, vários cientistas se dedicaram a estudá-lo por meio de radiografias, tomografias e amostras genéticas. Os resultados determinaram que Ata é de origem humana e que sua mãe vivia na região em que foi encontrado, porém 9% de seu DNA não corresponde ao genoma humano. E as análises de seus dentes e ossos indicaram que não se tratava de um feto: as cartilagens dos ossos da perna tinham o desenvolvimento de uma criança de 6 anos; mas como uma criança de 6 anos poderia medir 15 cm?

Uma possibilidade é que ele poderia sofrer de um caso extremo de raquitismo, embora não tenham sido encontrados indicadores genéticos dessa doença. Outra hipótese indica que o feto poderia sofrer de progéria, ou síndrome de Huntchinson-Gilford, uma doença que provoca sintomas de envelhecimento muito precoces – ainda assim teria que ser um caso extremíssimo de progéria, mas também não foram encontrados indicadores genéticos para isso.

Outra possibilidade é a de que Ata, depois de morto ou abortado, teria sido submetido a uma dessecação ou a uma mumificação mal executada, o que fez com que seus ossos adquirissem uma aparência estranha. Claro que isso não explica as duas costelas que faltam nem as cartilagens desenvolvidas dos ossos. O que se pôde confirmar é que Ata era humano e não um extraterrestre. De qualquer forma, os testes genéticos ainda não foram totalmente concluídos.

Fonte: IFL Science

Imagem: Shutterstock.com