Revolta da Chibata: quando os marinheiros se rebelaram contra os maus-tratos
Hermes da Fonseca tinha acabado de assumir a Presidência da república.
Nem dez dias no cargo e logo teve de frente uma rebelião. E não era uma rebelião qualquer: era a Revolta da Chibata.
Causas da Revolta da Chibata
Os marinheiros eram recrutados, normalmente, de duas formas: à força, nas prisões e nas ruas; e quando eram enviados pelos pais ou estavam em abrigos para menores.
O fato é que não havia vontade de servir. Não estavam lá, em sua maioria, com vontade. Os motivos eram variados, entre eles um baixo salário, péssima alimentação e, principalmente, a violência que sofriam. Qualquer erro gerava dezenas, às vezes centenas, de chibatadas. Era um jeito agressivo de educar. Se houvesse embriaguez com frequência, chicotada. Roubo de objetos, chicotada. Brigas com companheiros, chicotada. Corpo mole, chicotada.
O clima foi piorando, piorando, piorando...a turma não queria mais saber disso não.
Os castigos físicos já eram ultrapassados depois da Guerra do Paraguai, em 1870. A escravidão já tinha ido para o espaço em 1888. Não tinha mais espaço para esse tipo de “educação".
Ou seja, uma hora ia explodir. E explodiu no dia 22 de novembro de 1910.
Saiba todos os detalhes, conheça o lugar onde tudo aconteceu e como esse fato mexeu com a história do Brasil.
THIAGO GOMIDE é historiador e jornalista. Pós-graduado em História do Brasil e Mestre em História, Bens Culturais e Política pela FGV. Foi apresentador e editor do Canal Futura e diretor da MultiRio, ambos dedicados à educação. Além de ser o responsável pelo conteúdo do Tá na História, atualmente assina a coluna "Coisas do Rio", no jornal O Dia, e é presidente da rádio Roquette-Pinto.
A proposta do Tá na História é oferecer conteúdos que promovam conhecimento sobre personagens e fatos históricos, principalmente do Brasil. Tudo isso, claro, com bom humor e muita curiosidade.
Imagem: Domínio Público