Revolução espacial: chineses desenvolvem naves que não precisam de combustível
Se as estrelas não vieram até o grafeno, o grafeno viajará até elas. O celebrado material, o mais forte produzido até hoje, poderá ajudar a transformar luz em movimento. Suas propriedades poderão formar a base para a construção de uma nave espacial que não precisará de combustível, apenas de luz solar. Essa é a proposta de um trabalho conduzido por cientistas da Universidade de Nakai, na China, para construir os motores dos próximos veículos espaciais.
Eles descobriram novas possibilidades para o grafeno, uma folha de átomos de carbono condensados com a espessura de um átomo, dispostas em padrão regular hexagonal, similar ao grafite. A estrutura plana do grafeno conduz muito tem tanto eletricidade quanto calor.
Depois de fundir folhas de óxido de grafeno, os especialistas conseguiram criar um novo supermaterial que chamaram de “esponja de grafeno”. E eles observaram que, ao cortar o grafeno com laser, a substância se mexia. Por isso, realizaram um experimento em condições de vácuo, colocando grafeno e utilizando raios laser de diferentes intensidades. Dessa forma, conseguiram observar que algumas partes da “esponja de grafeno” se moviam por até 40 cm. E a esponja reagiu do mesmo modo quando foram direcionados a ela raios de sol através de uma lente.
Segundo os cientistas, o grafeno atua como uma vela solar, através da qual os fótons impulsionam o material que, então, se move. Em condições de vácuo, esse mesmo princípio poderia ser suficientemente poderoso para propulsar uma nave espacial.
Com o objetivo de provar essa tecnologia revolucionária, a Sociedade Planetária dos EUA criou uma pequena nave espacial para estudar como o grafeno é capaz de absorver a energia de um laser, acumular sua carga elétrica e, em seguida, liberá-la para empurrar a nave. Cientistas de todo o mundo continuam criando expectativas em torno do desenvolvimento desses testes, confiantes de que o grafeno pode ser a chave para a criação de naves espaciais propulsionadas por energia solar.
Fonte: NewScientist
Crédito da Imagem: Nasa