Ronald Biggs, o assalto que parou o mundo e a fuga para o Rio de Janeiro
O trem pagador saia da Escócia em direção à Inglaterra levando pacotes de dinheiro. Notas miudinhas, como se fosse, no Brasil, 2, 5 e 10 reais. Muitas notas que abasteceriam bancos.
O total da grana passava de 2 milhões de libras. Se hoje é muito dinheiro, imagina em 1963.
O grupo que se reuniu para assaltar o trem só tinha bandido fera. Todos conhecidos da polícia.
O bando se vestiu com roupas do exército. Major, coronel, capitão. Os carros eram militares, passando a impressão que o negócio era sério.
Eles estudaram as paradas do trem e a rotina dos funcionários durante cinco meses. Estavam afiados sabendo tim-tim por tim-tim.
Alugaram uma casa para planejar o roubo, parecendo muito com a estratégia usada pelo bando do “Professor”, na série espanhola “Casa de Papel”.
Já eram três da matina quando o maquinista viu o sinaleiro, que deveria estar verde, com a cor amarela. Isso significa reduza a velocidade.
Pouco depois, um novo sinaleiro, um novo sinal, estava vermelho. O maquinista Jack Mills nem suspeitou.
Quando um funcionário desceu para ver o que estava acontecendo, entender o motivo daqueles sinais não estarem verdes, o bote.
A ação durou poucos minutos.
No vídeo, o Tá na História te conta os detalhes desse roubo e a vida de Ronald Biggs no Rio de Janeiro, com direito a se tornar uma celebridade.
THIAGO GOMIDE é historiador e jornalista. Pós-graduado em História do Brasil e Mestre em História, Bens Culturais e Política pela FGV. Foi apresentador e editor do Canal Futura e diretor da MultiRio, ambos dedicados à educação. Além de ser o responsável pelo conteúdo do Tá na História, atualmente assina a coluna "Coisas do Rio", no jornal O Dia, e é presidente da rádio Roquette-Pinto.
A proposta do Tá na História é oferecer conteúdos que promovam conhecimento sobre personagens e fatos históricos, principalmente do Brasil. Tudo isso, claro, com bom humor e muita curiosidade.
Imagem: Buckingham Constabulary, via Wikimedia Commons