Sensor capaz de detectar vida extraterrestre é testado com sucesso no Arizona
Um sensor capaz de dedectar indícios de vida extraterrestre foi lançado, recentemente, para testes na estratosfera no nosso planeta. Trata-se do Planetary Atmospheres Minor Species Sensor (PAMSS) que, segundo seus idealizadores, tem o potencial de detectar gases específicos em concentrações extremamente baixas - baixos níveis de metano podem indicar que há algum material orgânico. O sensor, levado ao céu por um balão, passou com sucesso por um teste de resistência em Tucson, no Arizona, e mostrou que pode suportar o frio extremo e pressões baixas do espaço próximo. O projeto é liderado pelo físico Robert Peale, da Universidade Central da Florida.
O sensor foi levado a 32 mil metros de altitude e submetido a temperaturas de -59°C. O aparelho, do tamanho de uma torradeira, usa um laser infravermelho, do tamanho de um grão de sal, para detectar pequenas quantidades de gás. Atualmente, boa parte das sondas atmosféricas são incapazes de medir a concentração de vapores ou traços de gases.
Caso comprove sua eficiência, o PAMSS pode ser usado pela Nasa para identificar pequenas quantidades de metano em outros mundos, como Marte, a lua Europa (de Júpiter) e lua Enceladus (de Saturno). Baixos níveis de metano já foram detectados em Marte onde acredita-se que os níveis deste gás podem ser maiores. Os cientistas agora querem explorar essa possibilidade mais de perto, na esperança de que possa haver vida em algum lugar abaixo da superfície.
Além das aplicações extraterrestres, essa sonda também pode ser útil na Terra, no monitoramento de mudanças na camada de ozônio, bem como ajudar na detecção de vestígios de gás em testes de respiração no diagnóstico de doenças.
A primeira coleta de dados deste primeiro teste do PAMSS ainda será analisado, mas os pesquisadores estão empolgados e acreditam que muitas novidades estão por vir.
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