Sinal de rádio intriga cientistas por conter sinais de inteligência extraterrestre
Equipe estuda onda potente e misteriosa detectada por russos no deep space: será que algum extraterrestre tentou contato?
Uma equipe de cientistas do Instituto SETI, organização da Califórnia que busca por atividades/inteligência extraterrestres, está estudando um sinal de rádio “potente” e “misterioso” que, segundo os mais otimistas e fãs de aliens, pode ser transmissão de uma “inteligência extraterrestre”.
O sinal foi detectado em 2015 por um radiotelescópio russo que rastreia o céu em busca de sinais estranhos e que despertou o interesse da comunidade científica. Além de atividades aliens, pode, segundo os cientistas do SETI, ser uma interferência de rádio, ou o resultado de um fenômeno natural como atividade de corpos celestres. A notícia apareceu pela primeira vez no site Centauri Dreams, que analisa pesquisas científicas sobre a exploração do espaço profundo.
“Ninguém está afirmando que isso é trabalho de uma civilização extraterrestre, mas, sem dúvida, vale a pena fazer um estudo mais aprofundado”, escreveu Paul Gilster, autor do Centauri.
Sinal da Constelação de Hércules
O sinal foi detectado em 15 de maio de 2015 pelo radiotelescópio RATAN-600, na República da Carachai-Circássia, uma divisão federal da Rússia, perto da fronteira com a Geórgia. O sinal vem da direção da HD164595, uma estrela similar ao Sol, localizada na Constelação de Hércules, a cerca de 95 anos-luz da Terra, e que é conhecida por ter pelo menos um planeta orbitando em volta dela, conhecido como um “Netuno quente”, por ser gasoso como Netuno. Só que ele orbita a estrela em apenas 40 dias. Pode ser, por isso, que existam outros planetas, inclusive rochosos e na zona habitável.
A equipe de astrônomos dirigida por Nikolai Bursov, da Academia de Ciências da Rússia, detalhou que é muito cedo para determinar a natureza e a origem do sinal. Os pesquisadores acreditam, porém, que esse sinal é instigante o suficiente.
O que desperta interesse dos pesquisadores é a potência do sinal. Em entrevista à revista “New Scientist”, Seth Shostak, do SETI, afirma que caso a antena esteja transmitindo em todas as direções, a energia necessária para produzir o sinal seria de 10 elevado a 20 watts. Isso significa que a suposta civilização emissora seria bem mais avançada que a nossa, classificada como de Tipo II na Escala de Kardashev — método de medição do grau de desenvolvimento tecnológico de uma civilização.
Será, gente?
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