Inicio

Um lago na Sibéria pode nos revelar segredos da origem do Universo

Por History Channel Brasil em 15 de Junho de 2015 às 02:03 HS
Um lago na Sibéria pode nos revelar segredos da origem do Universo-0

Cientistas lançaram a primeira etapa de um projeto pioneiro para capturar partículas de explosões de raios gama do Sol, estrelas e buracos negros. Um telescópio de alta tecnologia, o Dubna, foi colocado a 1,3 km sob o gelo no Lago Baikal, na Sibéria, para ajudar na pesquisa sobre as origens do Universo. Resumidamente, o equipamento foi projetado para estudar o fluxo natural de neutrinos de alta energia, partículas subatômicas quase sem massa.

Neutrinos

Os neutrinos quase não interagem com outras partículas, não são afetados por campos eletromagnéticos e podem passar por quase todos os objetos, até mesmo a Terra. Mais do que chegar ao nosso planeta, eles são provenientes do Sol ou das estrelas, ou são causadas por violentos eventos astrofísicos, como explosão de estrelas.

O Dubna usará 192 módulos ópticos para registrar os neutrinos invisíveis do espaço e analisar como eles interagem com a água do lago e geram uma cascata de partículas carregadas que dão um brilho especial chamado Luz de Cherenkov.

Universo

A expectativa é que os dados ajudem a desvendar os segredos das estrelas e a estabelecer a origem e as propriedades dos raios cósmicos de alta energia, bem como obter novas informações sobre a estrutura e evolução do Universo. A instalação do telescópio foi anunciada no final de maio por autoridades russas.

Poderosos telescópios semelhantes já existem na Antártida e no Mediterrâneo. A sensibilidade do telescópio russo significa que ele pode competir com os melhores do mundo – como o IceCube, na Antártida - mas os cientistas esperam expandir seu alcance até 2020.

Lago mais antigo

O lago Baikal e é o mais antigo do mundo, com 25 milhões de anos. Com 636 quilômetros de comprimento e 80 de largura, é o maior lago em volume de água potável do mundo e o mais profundo.

O telescópio Dubna foi construído em colaboração pelo Instituto para a Pesquisa Nuclear, em Moscou, o Instituto Kurchatov, o centro de pesquisa alemão DESY, Irkutsk e Nizhni Novgorod State University e a Universidade Técnica Marinha do Estado de São Petersburgo.

Fonte: Siberian Times

Imagem via Joint Institute for Nuclear Research