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UNESCO faz apelo pela preservação do patrimônio histórico do Afeganistão

Com a volta do Talibã ao poder, especialistas temem pela segurança de monumentos e sítios arqueológicos
Por History Channel Brasil em 18 de Agosto de 2021 às 16:37 HS
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A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) fez um apelo à comunidade internacional pela preservação do patrimônio histórico do Afeganistão. Com a volta do Talibã ao poder, especialistas temem pela segurança de monumentos e sítios arqueológicos. Em 2001, o grupo radical destruiu duas gigantescas estátuas de Buda esculpidas no século VI (o objetivo da ação foi apagar a herança pré-islâmica do país).

Patrimônio cultural do Afeganistão em risco

O Museu Nacional do Afeganistão, cujo acervo tem 800 mil peças, e o Museu de Arte Islâmica de Ghazni são alguns locais que estão em risco. A UNESCO se preocupa ainda com a preservação de Patrimônios Mundiais, como o Minarete de Jam e o sítio arqueológico do Vale de Bamiyan. A segurança das pessoas que trabalham nesses lugares também é motivo de preocupação.

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Um dos Budas destruídos pelo Talibã em 2001

“A UNESCO está acompanhando de perto o desenrolar dos acontecimentos no Afeganistão e coordena suas ações com as agências parceiras dentro do sistema da Organização das Nações Unidas para garantir a segurança dos funcionários”, disse Thomas Mallard, assessor de imprensa do órgão. "O patrimônio rico e diversificado no território do Afeganistão é de valor excepcional para a humanidade. E esse patrimônio deve ser preservado", completou ele, em entrevista à agência de notícias russa Tass.

Além da UNESCO, outras organizações internacionais de patrimônio e cultura que operam no Afeganistão estão alarmadas com a situação. O British Council, por exemplo, diz que todos os seus projetos de patrimônio no país foram suspensos e seu escritório em Cabul foi fechado. Uma fonte anônima disse ao site The Art Newspaper que funcionários do Museu Nacional do Afeganistão vêm escondendo parte do acervo em locais seguros, temendo a ação do Talibã. 

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Fontes: Tass e The Art Newspaper

Imagens: iStock.com