Vida em Marte: metano encontrado em meteoritos fortalece teoria
A questão sobre a existência da vida em Marte ainda está longe de ser respondida, mas traços de metano encontrados em meteoritos do Planeta Vermelho sugerem que há vida por lá ou que houve algum dia. A descoberta foi relatada em um estudo liderado por Nigel Blamey, geoquímico da Universidade Brock, em St. Catharines, no Canadá, e publicada na revista Nature.
O estudo indica que alguns meteoritos marcianos liberaram um componente volátil, rico em metano. Sua ocorrência em amostras de rochas fortalece a hipótese de que a vida em Marte pode existir ou se desenvolver no subsolo, onde o metano poderia ser uma fonte de energia e carbono para a atividade microbiana.
Apesar de o metano ser a mais simples molécula orgânica, os cientistas envolvidos na pesquisa alertam que isso não significa uma prova de vida em Marte. Na Terra, o metano é produzido em reações que envolvem processos biológicos, como os do sistema digestivo de bovinos, ou por atividades que não envolvem a vida, como a vulcânica. O componente inodoro, incolor e inflamável foi descoberto pela primeira vez na atmosfera marciana pela sonda Mars Express da Agência Espacial Europeia, em 2003, e pelo robô Curiosity da NASA.
O ponto é que a atmosfera fina e o ar seco de Marte tornam sua superfície hostil à vida, mas os pesquisadores sugerem que o Planeta Vermelho é, provavelmente, mais habitável no subterrâneo. Eles acreditam que o metano disponível em Marte poderia dar suporte à vida de micróbios, assim como algumas bactérias são encontradas em ambientes extremos da Terra. Blamey ainda espera realizar análises mais profundas dos meteoritos marcianos.
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