YInMn: o azul mais brilhante e durável descoberto ao acaso
O mais novo tom de azul do mundo, um brilhante pigmento e durável chamado YInMn, foi licenciado para uso comercial e já está nas mãos de alguns artistas. A descoberta é considerada um marco no setor nos últimos 200 anos.
O pigmento foi descoberto acidentalmente em 2009 pela equipe do químico Mas Subramanian, Universidade de Oregon, nos Estados Unidos, enquanto o time analisava as propriedades magnéticas do óxido de manganês e seus possíveis usos em componentes eletrônicos. Mas, ao exporem uma mistura da substância e outros químicos a temperaturas maiores de 1.000ºC, depararam-se com o aparecimento inesperado da cor: um azul brilhante nunca visto antes.
"Desde que os primeiros egípcios desenvolveram alguns dos primeiros pigmentos azuis, a indústria tem tentando resolver problemas com segurança, toxicidade e durabilidade", disse Subramanian, em comunicado divulgado pela Universidade. Os pigmentos azuis existentes incluem o Azul Ultramarino, de origem natural, feito da pedra lapis-lazúli; e as alternativas tóxicas, como o Azul Cobalto e o Azul da Prússia. Desta maneira, a descoberta é considerada um marco no setor nos últimos 200 anos.
A empresa The Shepherd Color Company garantiu os direitos para a comercialização industrial e artística da novidade no mercado.
YInMn, acrescentou o pesquisador, é uma cor "mais durável, segura e bastante fácil de produzir (...) também parece ser uma nova candidata para a eficiência energética". De acordo com o site ArtNet News, - que entrevistou o químico - a cor reflete uma grande quantidade de luz infravermelha e um telhado pintado com YInMn poderia, potencialmente, ajudar a manter o edifício mais fresco, o que diminuíria o consumo de energia.
O pesquisador disse que já foram enviadas algumas amostras da tinta para artistas, que já produziram alguns trabalhos, e que ele também tem sido procurado por restauradores. "Nosso pigmento é útil para a restauração de arte, porque é semelhante ao ultramarino, e é mais durável", explicou ao ArtNet News.
A cor também já foi incluída na Coleção de Pigmentos da Forbes, da Harvard Art Museums, que serve como uma história mundial de cor, com alguns pigmentos que remontam à Idade Média.
Fonte: Oregon State , ArtNews
Imagem destaque: Universidade do Oregon
Imagens no corpo do texto: Madelaine Corbin, OSU Memorial Union Façade /Universidade do Oregon