Cientistas que procuram alienígenas detectam sinal de rádio misterioso vindo de estrela
Uma misteriosa emissão de ondas de rádio está intrigando pesquisadores que atuam no maior projeto de busca por vida inteligente fora da Terra. Segundo os cientistas, o sinal parece vir de Proxima Centauri, a estrela mais próxima do Sol. Até agora não foi possível explicar a sua fonte de irradiação.
O sinal foi detectado pelos pesquisadores do Breakthrough Listen, projeto de US$ 100 milhões financiado por Yuri Milner, bilionário do setor de tecnologia. A iniciativa faz parte do Instituto SETI, sigla que significa Search for Extraterrestrial Intelligence ("busca por inteligência extraterrestre", em tradução livre). Segundo o jornal The Guardian, as ondas de rádio foram captadas durante 30 horas de observações pelo telescópio Parkes, na Austrália, nos meses de abril e maio de 2019.
Desde então os cientistas estão pesquisando o fenômeno, mas ainda não identificaram nenhuma fonte humana, como um satélite ou outro tipo de equipamento. Segundo uma fonte anônima ouvida pelo jornal, o sinal aparenta vir da direção de Proxima Centauri, uma estrela anã vermelha a 4,2 anos-luz da Terra. Após a observação inicial, a emissão não voltou a ser detectada.
Pete Worden, diretor executivo da Breakthrough Initiatives, disse que é necessário cautela antes de chegar a uma conclusão. “A equipe Breakthrough Listen detectou vários sinais incomuns e está investigando cuidadosamente. Esses sinais provavelmente se tratam de interferências que ainda não podemos explicar totalmente. Mais análises estão sendo realizadas”, afirmou. Já o astrobiólogo Lewis Dartnell, da Universidade de Westminster, na Inglaterra, acha improvável que a fonte do sinal seja de uma civilização alienígena. “Se existir vida inteligente lá fora, é quase certo que ela estaria espalhada muito mais amplamente pela galáxia. As chances de as duas únicas civilizações em toda a galáxia serem vizinhas, entre 400 bilhões de estrelas, ultrapassa totalmente os limites da racionalidade”, disse ele.
Fontes: The Guardian e Scientific American
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