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Conheça as 6 principais teorias sobre Atlântida, a cidade perdida

Por History Channel Brasil em 07 de Junho de 2021 às 21:05 HS
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Tudo o que sabemos sobre a lendária civilização de Atlântida vem de algumas páginas de Timeu e Crítias, dois dos famosos diálogos escritos pelo filósofo grego Platão, no século IV a.C. Segundo Platão, Atlântida existiu 9 mil anos de seu próprio tempo. Um grande poder naval no antigo mundo, o reino da ilha utópica desapareceu misteriosamente no mar em um único dia. Através dos séculos, inúmeros escritores, historiadores, cientistas e exploradores têm debatido sobre o fato de Atlântida ter realmente existido, e – se de fato existiu – onde teria sido.

Teorias sobre Atlântida


1) Atlântida foi um continente no meio do Atlântico que afundou no oceano de forma repentina

A teoria que Atlântida era um verdadeiro local histórico e não apenas uma lenda inventada por Platão só veio à tona no final do século XIX. Em seu livro de 1882, “Atlântida, o Mundo Antideluviano”, o escritor Ignatius Donnelly afirmou que as conquistas do mundo antigo (como a metalurgia, a linguagem e a agricultura) provavelmente foram passadas por civilizações passadas e avançadas, já que os antigos não eram sofisticados o suficiente para desenvolver essas técnicas por conta própria. Supondo que o Oceano Atlântico estava a apenas algumas dezenas de metros de profundidade, Donnelly descreveu um continente inundado por águas moventes do oceano que afundou exatamente no local dito por Platão: no Oceano Atlântico, do lado de fora das Colunas de Hércules, as duas rochas que marcam a entrada do Estreito de Gibraltar. Muito tempo depois da oceanografia moderna e um grande entendimento das placas tectônicas terem colocado questionamentos em sua tese, algumas pessoas ainda acreditam na teoria de Donnelly, principalmente devido à sua adesão à ideia de Platão que Atlântida está no meio do Atlântico.

2) Atlântida foi engolida pelo Triângulo das Bermudas
Inspirados por Donnelly, muitos escritores posteriores expandiram suas teorias e adicionaram suas próprias especulações sobre onde Atlântida poderia estar. Um desses escritores era Charles Berlitz,  autor de vários livros sobre fenômenos paranormais. Nos anos 70, Berlitz afirmou que Atlântida era um verdadeiro continente localizado perto das Bahamas e que teria sido vítima do famoso “Triângulo das Bermudas”, uma área do Atlântico onde vários navios desapareceram misteriosamente. Defensores dessa teoria apontam para a descoberta do que parecem ser muralhas feitas por homens e ruas encontradas perto de Bimini, embora cientistas tenham analisado essas estruturas e concluído que elas eram formações rochosas naturais.

3) Atlântida era a Antártida
Outra teoria – a que Atlântida era na verdade uma versão muito mais temperada do que agora é a Antártida – é baseada no trabalho de Charles Hapgood, cujo livro de 1958 “The Earth’s Shifting Crust” (“A Crosta Movediça da Terra”, na tradução) continha um prefácio escrito por Albert Einstein. Segundo Hapgood, há 12 mil anos, a crosta da Terra se moveu, deslocando o continente que se tornou a Antártida muito mais para o norte do que é hoje. Esse continente mais temperado era o lar de uma civilização avançada, mas a mudança repentina para sua atual localização gélida condenou seus habitantes – os atlantes – e sua cidade magnífica foi enterrada debaixo de camadas de gelo. A teoria de Hapgood veio à tona antes de o mundo científico ter total entendimento das placas tectônicas, o que tirou grande parte da importância de sua teoria da “crosta movediça”.

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4) A história de Atlântida foi uma releitura mítica do Dilúvio do Mar Negro
Essa teoria pressupõe que Atlântida era fictícia, mas a versão de seu desaparecimento foi inspirada por um evento histórico verídico: o rompimento do Bósforo pelo Mar Mediterrâneo e a consequente inundação do Mar Negro, por volta de 5600 a.C. Na época, o Mar Negro era um lago de água doce com a metade de seu tamanho atual. O dilúvio inundou civilizações conhecidas por se desenvolverem ao longo de seu litoral em um curto período de tempo (talvez menos de um ano). Conforme habitantes da região se dispersaram, eles espalharam contos sobre o dilúvio e podem ter contribuído – milhares de anos depois – para o relato de Platão sobre Atlântida.

5) Atlântida é a história da Civilização Minoica, que surgiu nas ilhas gregas por volta de 2500-1600 a.C.
Uma das teorias mais recentes sobre Atlântida diz respeito à civilização que surgiu nas ilhas gregas de Creta e Tira (atual Santorini) há mais de 4 mil anos: os minoicos, assim chamados por causa do lendário Rei Minos. Considerada a primeira grande civilização da Europa, os minoicos construíram palácios esplêndidos, estradas pavimentadas e foram os primeiros europeus a utilizar a linguagem escrita. Todavia, no auge do seu poder, os minoicos desapareceram repentinamente da história – um grande mistério que tem alimentado a crença de uma ligação entre essa grande e condenada civilização à Atlântida de Platão. Historiadores acreditam que, por volta de 1600 a.C., um enorme terremoto sacudiu a ilha vulcânica de Tira, provocando uma erupção que expeliu 10 milhões de toneladas de pedras, cinzas e gás na atmosfera. Tsunamis que se seguiram à erupção foram grandes o suficiente para acabar com cidades minoicas em toda a região, uma devastação que pode ter deixado os minoicos vulneráveis a invasores do território grego.

6) Atlântida não existiu – Platão a inventou
A maioria dos historiadores e cientistas ao longo da história chegou à conclusão que o relato de Platão sobre o reino perdido de Atlântida foi fictício. Segundo esse argumento, o filósofo grego inventou Atlântida como sua visão de uma civilização ideal, e queria que a história de seu desaparecimento fosse um conto de advertência dos deuses punindo a arrogância humana. Não existem registros de Atlântida fora dos diálogos de Platão, incluindo os vários outros textos que sobreviveram da Grécia Antiga. Além disso, e apesar de avanços modernos na oceanografia e do mapeamento do fundo do oceano, nenhum traço da civilização submersa jamais foi encontrado.


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