Misterioso filhote canino de 18 mil anos é encontrado bem preservado na Sibéria
Pesquisadores encontraram na Sibéria um misterioso filhote canino de 18 mil anos. O corpo dele está extremamente bem conservado pois ficou preservado no permafrost (solo congelado) da região. Mas há algo que intriga os especialistas: eles não conseguiram identificar a espécie do animal.
O filhote, que morreu com cerca de dois meses de idade, foi batizado pelos pesquisadores de "Dogor", que significa "amigo" no idioma iacuto falado naquela região da Rússia. Os restos mortais do animal foram encontrados nas proximidades do Rio Indigirka. Análises revelaram que se trata de um macho, mas não foi possível precisar se ele é um cachorro, lobo ou algum ancestral comum às duas espécies.
De acordo com os cientistas, os dentes do animal têm um perfil peculiar, com as pontas dos incisivos em forma de flechas. Sergey Fedorov, da Universidade Federal do Nordeste de Yakutsk, classifica a descoberta como "intrigante". "E se for um cachorro? Mal podemos esperar para obter resultados de mais testes", afirmou.
Recentemente, uma cabeça de lobo de 40 mil anos incrivelmente bem preservada também foi encontrada na mesma região. Devido ao congelamento, foram conservados tecidos, pelos, dentes, língua e o cérebro. O animal pertencia a uma antiga subespécie lupina que viveu na mesma época que os mamutes e foi extinta junto com eles.
Fonte: IFLScience
Imagem: Sergey Fedorov/Universidade Federal do Nordeste de Yakutsk/Reprodução