Morte de Alexandre, O Grande pode ter sido mais terrível do que se imaginava
A morte de Alexandre, O Grande, tem sido um mistério há mais de dois mil anos. A versão mais aceita aponta que ele passou mal após beber em uma festa e morreu dias depois. Alguns historiadores especulam que ele teria sido envenenado. Mas uma nova tese sugere que os últimos momentos dele foram ainda mais terríveis do que se imaginava. O rei macedônico teria sido declarado morto enquanto ainda vivia, por consequência de uma síndrome rara que o teria matado.
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A doença consiste em uma fraqueza muscular de aparecimento súbito causada pelo ataque do sistema imunológico ao sistema nervoso periférico. A médica Katherine Hall, da faculdade de medicina da universidade de Otago, na Nova Zelândia, acredita que Alexandre tenha ficado paralisado em seus dias finais, porém consciente. Em alguns casos, a síndrome pode tornar a respiração quase imperceptível, o que pode ter confundido quem constatou a morte do rei.
De acordo com relatos da época, Alexandre teve febre e dores abdominais antes de perder os movimentos. Mas ele teria mantido a consciência até a hora da morte. Se ele realmente ainda estava vivo quando foi dado como morto, seu fim pode ter sido aterrorizante. "É possível que ele estivesse ciente do que estava acontecendo a sua volta. Então ele teria ouvido seus generais discutindo a sucessão, escutado a chegada dos embalsamadores egípcios e percebido que eles estavam prestes a começar o seu trabalho", disse Hall.
Alexandre (356 a.C. - 323 a.C) foi um líder nato. Aos trinta anos havia criado um dos maiores impérios do mundo antigo, que se estendia da Grécia até o Egito e ao noroeste da Índia. Morreu invicto em batalhas e é considerado um dos comandantes militares mais bem sucedidos da história.
Fonte: IFLScience
Imagem: Berthold Werner/Museu Arqueológico de Nápoles, via Wikimedia Commons