O que provocou a nova onda de conflitos em Israel?
Nos últimos dias, uma nova onda de conflitos entre israelenses e palestinos eclodiu em Israel. Mais de 50 pessoas já morreram nos confrontos (entre elas, ao menos nove crianças). Mas o que motivou essa violência?
O que está acontecendo em Israel?
A situação começou a escalar nas últimas semanas. No fim de abril, uma marcha da qual participaram centenas de israelenses nacionalistas já havia contribuído para o acirramento das tensões. Além disso, os palestinos vinham se queixando das restrições de circulação impostas a eles pela polícia de Israel na Cidade Velha de Jerusalém durante o Ramadã, mês sagrado para os islâmicos.
Outro fator que contribuiu para os novos conflitos foi uma decisão da Suprema Corte de Israel. Os juízes determinaram que famílias palestinas sejam despejadas de uma área de Jerusalém Oriental para dar lugar a famílias judaicas. A região tem maioria islâmica e cristã e é reivindicada como futura capital do Estado Palestino.
Palestinian militants say they fired 130 missiles at Tel Aviv after an Israeli air strike destroyed a tower block in the Gaza Striphttps://t.co/Tr0jKd65KJ pic.twitter.com/9ToktmhmBF
— BBC News (World) (@BBCWorld) May 11, 2021
Os confrontos começaram na segunda-feira (10/05), quando cerca de 305 palestinos ficaram feridos após um conflito com a polícia israelense em frente à mesquita Al-Aqsa. Manifestantes receberam os policiais com pedras enquanto as autoridades responderam com balas de borracha e bombas de efeito moral. O conflito aconteceu no dia em que Israel comemora a reunificação da cidade de Israel, em 1967. Neste ano, a data coincidiu com o fim do Ramadã.
No mesmo dia, o Hamas (movimento palestino que controla a Faixa de Gaza) começou a disparar mísseis em Jerusalém. Os israelenses prontamente revidaram os ataques. Na terça-feira (11/05), o grupo palestino bombardeou a cidade de Tel Aviv com 130 mísseis. Nesta quarta-feira (12/05), o Hamas confirmou que alguns de seus líderes foram mortos durante os ataques israelenses.
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Fontes: The Guardian, UOL, Estadão e Veja
Imagem: Polícia de Israel, via Wikimedia Commons