"Operação prato" investigou avistamentos de óvnis no Brasil na década de 1970
Uma das mais emblemáticas ações para investigar avistamentos de óvnis no Brasil aconteceu entre 1977 e 1978. A chamada "Operação Prato" averiguou relatos de aparições de objetos voadores não identificados que teriam acontecido no Pará. Até hoje a investigação é cercada de mistério.
Óvnis no Pará
Os primeiros relatos datam de setembro de 1977. Foi quando habitantes de Colares, Mosqueiro e Ananindeua, entre outros povoados de Belém, afirmaram ter sido atacados por "raios luminosos" vindos do céu. Pacientes teriam dado entrada no posto de saúde com sintomas de anemia, tontura e febre e marcas de queimadura de primeiro grau pelo corpo. O fenômeno foi apelidado pelos habitantes locais de "chupa-chupa" ou "luz vampira".
Assim, uma missão foi convocada para investigar o que estava acontecendo. A Operação Prato foi chefiada pelo capitão da Aeronáutica Uyrangê de Hollanda Lima, então comandante do Para-Sar, um esquadrão de elite da Força Aérea Brasileira (FAB) que realizava operações de busca e salvamento.
Hollanda e seus homens permaneceram no litoral do Pará durante quatro meses. De dia, eles entrevistavam as supostas vítimas dos ataques e as testemunhas dos avistamentos. À noite, se revezavam para monitorar o céu, usando binóculos, câmeras fotográficas e filmadoras.
Em 5 de dezembro de 1977, Hollanda teve uma reunião com o brigadeiro Protásio Lopes de Oliveira, comandante do 1º Comando Aéreo Regional (Comar 1), de Belém, para relatar sua missão. Naquele dia, o capitão contou ao seu superior que ele e o sargento João Flávio Costa teriam avistado, poucos dias antes, um óvni no formato de uma bola de futebol americano, de cerca de 100 metros de comprimento, sobrevoando o rio Guajará-Mirim. Em seu interior, supostamente haveria um ser extraterrestre.
Após a reunião, Protásio mandou suspender a reunião, fato que intriga ufólogos. No final da década de 1990, Hollanda procurou Ademar José Gevaerd, editor da revista UFO, para contar sua história. Já na condição de militar reformado, ele afirmou que a investigação havia sido amplamente documentada, com mais de 500 fotografias e 16 horas de filmagem.
Mais de quarenta anos depois, o mistério permanece. Todos os participantes da Operação Prato já morreram, inclusive Hollanda. Enquanto isso, a aeronáutica afirma que entregou todo o material disponível sobre óvnis ao Arquivo Nacional.
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Fonte: G1/BBC
Imagens: Wikimedia Commons e Arquivo Nacional