A lenda da lança que teria perfurado Cristo e acabou roubada por Hitler
De acordo com a tradição cristã, quando Jesus Cristo morreu na cruz, um soldado romano chamado Longino o perfurou com uma lança para verificar sua morte. Ao longo dos séculos, essa lança que supostamente entrou em contato com o sangue sagrado tornou-se objeto de veneração e desejo. Isso porque, segundo a lenda, a arma tornaria invencível quem conseguisse obtê-la.
Lança de Longino
Segundo uma das versões da lenda, São José de Arimateia, o homem que enterrou Jesus, levou a Lança de Longino para a Grã-Bretanha no século I d.C. Alguns também dizem que o artefato foi usado por Constantino, Teodósio, Carlos Magno, entre outros, sempre concedendo a vitória a quem a carregasse.
Aparentemente, a arma foi recuperada de um rio na Turquia e, em 1424, o Sacro Imperador Romano Sigismundo de Luxemburgo ordenou que ela fosse levada para Nuremberg e guardada para sempre. Em 1796, as forças invasoras francesas invadiram Nuremberg. As autoridades locais evacuaram as antigas relíquias da cidade, incluindo a lança, para Viena para serem guardadas. Napoleão estava determinado a capturar a relíquia após a Batalha de Austerlitz em 1805, mas ela havia sido levada para fora de Viena antes da batalha, frustrando seus planos.
Anos depois, Adolf Hitler teria ficado fascinado com a relíquia ao vê-la em uma exposição em Viena. Em 13 de Outubro de 1938, sob as ordens do líder nazista, a lança e outros artefatos foram colocados em um trem e levados para Nuremberg sob guarda da SS. Lá, a lança foi armazenada na Igreja de Santa Catarina. Sete anos depois, as forças americanas localizaram e tomaram posse da lança apenas duas horas antes da morte de Hitler, em 30 de abril de 1945.
Existem quatro lanças que fiéis afirmam ser a peça autêntica. Elas estão na Armênia, Cracóvia, Roma e Viena. A lança de Viena é a mais famosa e ainda hoje está em exibição no Tesouro Imperial, no Palácio de Hofburg.