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Astrônomos brasileiros descobrem uma das estrelas mais antigas do Universo

Batizada de SPLUS J2104-0049, ela teria sido formada há cerca de 13,7 bilhões de anos
Por History Channel Brasil em 18 de Maio de 2021 às 20:58 HS
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Uma das estrelas mais antigas do Universo foi descoberta com a ajuda de astrônomos brasileiros. Batizada de SPLUS J2104-0049, ela pertence a um grupo seleto de estrelas ultra pobres em metais. O estudo foi publicado na revista científica The Astrophysical Journal Letters.

Estrela de segunda geração

Trata-se de uma gigante vermelha, localizada a cerca de 16 mil anos-luz da Terra. Segundo os pesquisadores, ela pode fazer parte da segunda geração de estrelas, tendo sido formada há aproximadamente 13,7 bilhões de anos. “No campo da arqueologia estelar, acredita-se que estrelas ultrapobres em metais nasceram a partir de nuvens de gás enriquecidas pela primeira geração de estrelas a se formarem no Universo. Atualmente, são conhecidas apenas 35 estrelas desse tipo”, afirmou Vinicius Placco, cientista associado do NOIRLab, com sede em Tucson, Arizona, Estados Unidos, que liderou a pesquisa. 

Uma característica especial da estrela SPLUS J2104-0049 é que ela possui a menor abundância em carbono já medida para uma estrela ultra pobre em metais. “Isso desafia modelos correntes sobre a evolução das primeiras estrelas", completou Placco. Os resultados desse trabalho são essenciais para validar as teorias de formação e evolução de galáxias como a Via Láctea.

A descoberta foi feita por membros do projeto S-PLUS, iniciativa internacional que reúne mais de 100 cientistas de países como Brasil, Argentina, Chile, EUA e Espanha. O programa foi fundado por pesquisadores da Universidade de São Paulo, Observatório Nacional, Universidade Federal de Santa Catarina, Universidade Federal de Sergipe e Universidad de La Serena, no Chile. O projeto está mapeando o céu austral a partir de Cerro Tololo (Chile) com um telescópio robótico de 86 centímetros de diâmetro. 

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Fontes: Science Alert, Olhar Digital, Jornal da USP e UFSC

Imagem: S-PLUS/Reprodução, via Jornal da USP