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Astrônomos encontram incrível Superterra quase tão antiga quanto o Universo

Por History Channel Brasil em 14 de Janeiro de 2021 às 20:52 HS
Astrônomos encontram incrível Superterra quase tão antiga quanto o Universo-0

Pesquisadores se surpreenderam ao descobrir uma Superterra quente e rochosa, perto de uma das estrelas mais antigas da Via Láctea. Estima-se que o sistema planetário ao qual ela pertence tenha cerca de 10 bilhões de anos, ou seja, tem quase a mesma idade do Universo. O planeta foi batizado de TOI-561b e fica a cerca de 280 anos-luz de distância de nosso planeta.

Segundo os cientistas, o planeta é cerca de 50% maior que a Terra, mas leva menos de meio dia para orbitar sua estrela. "Para cada dia da Terra, esse planeta orbita sua estrela duas vezes”, disse Stephen Kane, astrofísico da Universidade Riverside. Parte do motivo dessa órbita ser tão curta é a proximidade do planeta com sua estrela, o que também provoca um calor infernal. Estima-se que a temperatura média da superfície do TOI-561b seja de 1726,8°C, o que impossibilita qualquer possibilidade de existência de vida.

“O TOI-561b é um dos planetas rochosos mais antigos já descobertos”, disse a astrônoma Lauren Weiss, da Universidade do Havaí. Segundo ela, sua existência comprova que o universo vem formando planetas desse tipo praticamente desde seu início, há 14 bilhões de anos.

Além do TOI-561b, os pesquisadores identificaram outros dois planetas no mesmo sistema: TOI-561c e TOI-561d. Segundo a NASA, o TOI-561d, o mais externo, é um planeta potencialmente rochoso que também se enquadra na categoria de Superterra. Já o TOI-561c é um gigante gasoso semelhante a Netuno.

Uma superterra é um planeta extrassolar com uma massa maior que a da Terra, mas menor que as de Urano e Netuno, os gigantes gasosos do Sistema Solar. O termo refere-se apenas à massa planetária e não implica nada a respeito das condições das superfícies ou sobre a habitabilidade desses planetas.


Fontes: Universidade de Riverside e Science Alert

Imagem: W. M. Keck Observatory/Adam Makarenko/Universidade de Riverside