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Brilho esverdeado na atmosfera de Marte é observado pela primeira vez

Por History Channel Brasil em 19 de Junho de 2020 às 19:14 HS
Brilho esverdeado na atmosfera de Marte é observado pela primeira vez-0

Uma sonda da Agência Espacial Europeia detectou algo inédito em Marte. O equipamento registrou a presença de oxigênio verde brilhante na atmosfera marciana pela primeira vez. Esse tipo de emissão nunca havia sido observada em outro planeta além da Terra.

No nosso planeta, o fenômeno pode ser produzido de diferentes maneiras. Uma delas é a causa das auroras polares, criadas quando elétrons colidem com a atmosfera. De modo geral, o efeito luminoso é dominado pela emissão de átomos de oxigênio em altas camadas atmosféricas, resultando em uma bela tonalidade verde que pode ser observada esporadicamente nos extremos norte e sul da Terra. 

Outra forma do brilho verde ser produzido é quando há interação entre a luz solar e as moléculas de oxigênio na atmosfera. Esse fenômeno é conhecido como "brilho da noite". Mais difícil de ser observado, ele pode ser notado pelos astronautas da Estação Espacial Internacional devido ao ângulo privilegiado pelo qual eles avistam a Terra.

Agora, um brilho verde foi detectado pela primeira vez em Marte pela sonda ExoMars Trace Gas Orbiter (TGO), que orbita o planeta vermelho desde outubro de 2016. Segundo os cientistas, ele é equivalente ao "brilho da noite" terrestre. A existência desse tipo de emissão na atmosfera marciana era prevista, mas até hoje não havia sido observada.

“Uma das emissões mais brilhantes vistas na Terra decorre do brilho da noite. Mais especificamente, de átomos de oxigênio emitindo um comprimento de onda específico de luz que nunca havia sido observado em outro planeta”, disse Jean-Claude Gérard, da Université de Liège, na Bélgica, e principal autor do novo estudo. "No entanto, há cerca de 40 anos previa-se que essa emissão existisse em Marte e, graças à TGO, isso foi comprovado". Segundo os cientistas, entender as propriedades da atmosfera de Marte é fundamental para operar as futuras missões que serão enviadas ao Planeta Vermelho.


Fonte: Agência Espacial Europeia

Imagem: Agência Espacial Europeia/Reprodução