China se torna o primeiro país a trazer solo do lado oculto da Lua para a Terra
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A China alcançou um novo marco na exploração espacial. A missão robótica Chang’e 6 retornou à Terra com material do lado oculto da Lua nesta terça-feira (25/06), um feito inédito na história da humanidade. O momento histórico aconteceu às 2h07 EDT (3h07 BRT), quando a cápsula de retorno pousou na Região Autônoma da Mongólia Interior.
Respostas sobre a história do Sistema Solar
A missão, composta por um módulo de pouso lunar, uma cápsula de retorno, um orbitador e um ascensor, foi lançada em 3 de maio e chegou à órbita lunar cinco dias depois. Em 1º de junho, o módulo de pouso tocou a superfície lunar dentro da cratera Apollo, localizada na bacia de South Pole-Aitken (SPA), uma área de impacto de 2.500 quilômetros no lado oculto da Lua.
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O módulo coletou cerca de dois quilos de material lunar usando uma pá e uma furadeira. Esse material foi enviado ao orbitador em 3 de junho e começou sua jornada de volta à Terra em 21 de junho.
Diferentemente das missões anteriores, que coletaram amostras do lado visível da Lua, a Chang’e 6 trouxe material do lado oculto, um terreno mais difícil de explorar devido à necessidade de satélites de retransmissão para comunicação. Esse material pode fornecer respostas sobre a história primitiva do Sistema Solar, especialmente sobre a formação da bacia SPA há 4,26 bilhões de anos, durante o período conhecido como Bombardeio Pesado Tardio.
A China já planeja futuras missões lunares, com os lançamentos de Chang’e 7 e Chang’e 8 previstos para 2026 e 2028, respectivamente. Essas missões têm como objetivo desenvolver tecnologias essenciais para a construção de uma base lunar próxima ao polo sul, região rica em gelo, na década de 2030.