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Cientistas criam barata-ciborgue com controle remoto e bateria recarregável

Ideia é que esses insetos possam ser utilizados em missões de resgate ou para executar tarefas perigosas para humanos
Por History Channel Brasil em 05 de Setembro de 2022 às 19:25 HS
Cientistas criam barata-ciborgue com controle remoto e bateria recarregável-0

Uma equipe internacional de cientistas acaba de desenvolver algo que parece ter saído de uma obra de ficção científica: baratas-ciborgues. Esses híbridos entre inseto e máquina serão equipados com um pequeno módulo de controle remoto sem fio, alimentado por uma bateria recarregável conectada a uma célula solar. Apesar de esses bichos serem sinônimo de sujeira e coisas nojentas, a ideia é equipá-los com dispositivos eletrônicos para fazer o bem.

Missões de resgate com Insetos-ciborgue

Há algum tempo, pesquisadores têm tentado projetar insetos-ciborgues (parte inseto, parte máquina) para ajudar a inspecionar áreas perigosas ou monitorar o meio ambiente. No entanto, para que eles sejam funcionais é necessário que sejam controlados remotamente por longos períodos de tempo. Isso requer o controle sem fio de suas pernas, alimentado por uma pequena bateria recarregável.

Para integrar com sucesso esses dispositivos em uma barata, a equipe de pesquisa do grupo de pesquisa RIKEN desenvolveu uma mochila especial, módulos de células solares orgânicas ultrafinas e um sistema de adesão que mantém o maquinário conectado nos insetos por longos períodos de tempo. Para o projeto, a equipe usou baratas de Madagascar, que têm aproximadamente 6 cm de comprimento. 

No futuro, essas baratas-ciborgue poderão ser utilizadas para diversas funções, inclusive em missões de resgate. Em 2014, pesquisadores da Universidade Estadual da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, já haviam começado a desenvolver um projeto parecido. Eles equiparam os insetos com  mochilas elétricas contendo minúsculos microfones capazes de detectar sons fracos. A ideia é que baratas-ciborgue, ou "biobots", possam entrar em prédios destruídos atingidos por terremotos, por exemplo, e ajudar equipes de emergência a encontrar sobreviventes presos nos escombros por meio de sons. 

Fontes
RIKEN, via EuerekAlert, e Daily Mail
Imagens
RIKEN/Divulgação, via EuerekAlert