Cientistas criam barata-ciborgue com controle remoto e bateria recarregável
Uma equipe internacional de cientistas acaba de desenvolver algo que parece ter saído de uma obra de ficção científica: baratas-ciborgues. Esses híbridos entre inseto e máquina serão equipados com um pequeno módulo de controle remoto sem fio, alimentado por uma bateria recarregável conectada a uma célula solar. Apesar de esses bichos serem sinônimo de sujeira e coisas nojentas, a ideia é equipá-los com dispositivos eletrônicos para fazer o bem.
Missões de resgate com Insetos-ciborgue
Há algum tempo, pesquisadores têm tentado projetar insetos-ciborgues (parte inseto, parte máquina) para ajudar a inspecionar áreas perigosas ou monitorar o meio ambiente. No entanto, para que eles sejam funcionais é necessário que sejam controlados remotamente por longos períodos de tempo. Isso requer o controle sem fio de suas pernas, alimentado por uma pequena bateria recarregável.
Para integrar com sucesso esses dispositivos em uma barata, a equipe de pesquisa do grupo de pesquisa RIKEN desenvolveu uma mochila especial, módulos de células solares orgânicas ultrafinas e um sistema de adesão que mantém o maquinário conectado nos insetos por longos períodos de tempo. Para o projeto, a equipe usou baratas de Madagascar, que têm aproximadamente 6 cm de comprimento.
No futuro, essas baratas-ciborgue poderão ser utilizadas para diversas funções, inclusive em missões de resgate. Em 2014, pesquisadores da Universidade Estadual da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, já haviam começado a desenvolver um projeto parecido. Eles equiparam os insetos com mochilas elétricas contendo minúsculos microfones capazes de detectar sons fracos. A ideia é que baratas-ciborgue, ou "biobots", possam entrar em prédios destruídos atingidos por terremotos, por exemplo, e ajudar equipes de emergência a encontrar sobreviventes presos nos escombros por meio de sons.