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Cientistas criam bateria de diamante com vida útil de milhares de anos

Tecnologia promete revolucionar dispositivos médicos e operações em ambientes extremos
Por History Channel Brasil em 21 de Dezembro de 2024 às 13:08 HS
Cientistas criam bateria de diamante com vida útil de milhares de anos-0

Pesquisadores da Universidade de Bristol e da Autoridade de Energia Atômica do Reino Unido (UKAEA) desenvolveram uma bateria de diamante que pode fornecer energia contínua por milhares de anos. A tecnologia utiliza o isótopo radioativo carbono-14, conhecido pela datação de materiais, para gerar eletricidade de forma única e sustentável.

Aplicações revolucionárias 

Segundo seus desenvolvedores, o dispositivo apresenta aplicações revolucionárias, especialmente em dispositivos médicos como marcapassos, implantes auditivos e oculares, reduzindo a necessidade de substituições frequentes e, consequentemente, o desconforto dos pacientes. Além disso, ela pode operar em ambientes extremos, como no espaço, onde a substituição de baterias convencionais é inviável, e fornecer energia para dispositivos de rastreamento por décadas.

Amostra da bateria de diamante
Amostra da bateria de diamante (Imagem: Universidade de Bristol/Divulgação)

A inovação funciona de forma semelhante a painéis solares, mas em vez de capturar partículas de luz, aproveita os elétrons liberados pelo decaimento radioativo do carbono-14. “As baterias de diamante oferecem uma maneira segura e sustentável de fornecer níveis contínuos de energia em microwatts. Elas são uma tecnologia emergente que utiliza um diamante fabricado para encapsular com segurança pequenas quantidades de carbono-14”, explicou Sarah Clark, diretora do Ciclo de Combustível de Trítio na UKAEA.

“Nossa tecnologia micropower pode sustentar uma gama de aplicações importantes, desde tecnologias espaciais e dispositivos de segurança até implantes médicos. Estamos animados para explorar todas essas possibilidades, trabalhando com parceiros da indústria e pesquisa nos próximos anos”, concluiu o professor Tom Scott, da Universidade de Bristol.

Fontes
Universidade de Bristol
Imagens
istock