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Cientistas desenvolvem Inteligência Artificial criada com DNA sintético

Por History Channel Brasil em 24 de Julho de 2018 às 18:01 HS
Cientistas desenvolvem Inteligência Artificial criada com DNA sintético-0

Pesquisadores da Caltech (Instituto de Tecnologia da Califórnia) anunciaram a criação de uma rede neural artificial criada com DNA sintético. A tecnologia é capaz de reconhecer números codificados em moléculas. Como todas as redes neurais, ela imita processos que ocorrem naturalmente no cérebro humano.

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Diferentemente da maioria das redes neurais artificiais, esta foi desenvolvida em um tubo de ensaio. Feita com DNA sintético (que pode armazenar grandes quantidades de informação digital), ela se assemelha a uma "sopa inteligente”. "Neste trabalho, criamos circuitos bioquímicos que funcionam como uma pequena rede de neurônios capazes de classificar informações moleculares consideravelmente mais complexas do que era possível anteriormente", disse Lulu Qian, uma das responsáveis pela pesquisa. 

Para demonstrar que a inteligência artificial pode ser programada em circuitos biomoleculares sintéticos, a equipe usou uma espécie de teste de reconhecimento de caligrafia. Humanos são capazes de reconhecer o número “4" escrito por pessoas diferentes, mas máquinas não possuem essa capacidade. Mas ao alimentar uma rede neural com toneladas de exemplos diferentes de caligrafia do número "4", o algoritmo passa a reconhecer padrões. Assim, ele é capaz de diferenciar um "4" de um "5".

No teste em questão, não foi usada a caligrafia humana, mas algo chamado de "caligrafia molecular". Foram criados então símbolos moleculares, representando numerais de 1 a 9. A rede neural artificial foi capaz de diferenciar 36 diferentes versões “caligrafadas” dos mesmos números.

Os pesquisadores esperam que no futuro essa tecnologia possa ajudar a aprimorar testes médicos laboratoriais. "Diagnósticos médicos comuns detectam a presença de algumas poucas biomoléculas, como as de colesterol ou glicose. Usando circuitos biomoleculares mais sofisticados, como os nossos, os testes poderão incluir centenas de biomoléculas", afirmou Kevin Cherry, da equipe responsável pela pesquisa.


 Fonte: Motherboard e IFLScience

Imagem: Universal Pictures/Divulgação