Como o Monte Everest "cresceu" após um novo acordo entre China e Nepal
Topógrafos da China e do Nepal trabalharam de maneira conjunta para calcular novamente a altura da montanha mais alta do mundo: o Monte Everest. Até o momento, ambos os países não estavam de acordo sobre suas medidas reais. As autoridades chinesas consideravam que a medição deveria considerar somente até a altura máxima de sua superfície rochosa. Por outro lado, os nepaleses argumentavam que a neve no topo deveria ser incluída, o que aumentaria seu tamanho.
O acordo para uma nova medição conjunta aconteceu durante a última visita do presidente chinês, Xi Jinping, ao Nepal. Assim, quatro agrimensores nepaleses treinaram por dois anos para a missão, conseguindo chegar ao topo no final do ano passado. Em 2020, os topógrafos chineses foram os únicos a realizar a escalada, já que o Nepal suspendeu todas as expedições durante a pandemia do coronavírus e a China proibiu a visita de turistas estrangeiros.
Outra das razões pelas quais ambos os países decidiram voltar a medir a montanha foi o terrível terremoto de 7,8 graus de magnitude que o Nepal sofreu em 2015 e que matou quase 9 mil pessoas. Alguns geólogos argumentaram que a camada de neve do topo do Everest poderia ter encolhido como resultado, enquanto outros acreditaram que a montanha pode ter aumentado de altura devido ao movimento das placas tectônicas abaixo do monte.
Graças à nova medição, os especialistas da China e do Nepal puderam determinar que o Everest é 0,86 metro mais alto do que havia sido calculado anteriormente, com uma altura de 8.848,86 metros. Para chegar a esse novo número, os topógrafos dos dois países se basearam em exaustivas medições feitas no local, bem como em dados obtidos por satélites.
Fonte: BBC
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