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A cor roxa pode ajudar a identificar vida em outros planetas

Novo estudo sugere um método inovador para procurar a presença de seres vivos fora da Terra
Por History Channel Brasil em 22 de Abril de 2024 às 15:39 HS
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Uma cor específica pode ajudar cientistas na busca por vida fora da Terra. De acordo com uma equipe liderada por pesquisadores da Universidade Cornell, nos Estados Unidos, a presença de tons roxos seria um indicativo importante da existência de seres vivos em exoplanetas. Um estudo sobre o tema foi publicado no periódico Monthly Notices of the Royal Astronomical Society: Letters.

Ambientes com pouca luz e oxigênio

Verde é a cor com a qual mais associamos a vida na superfície da Terra, onde as condições favoreceram a evolução de organismos que realizam a fotossíntese usando clorofila. Mas um outro planeta parecido com o nosso e potencialmente coberto por bactérias que recebem pouca luz ou oxigênio, esses micro-organismos poderiam usar radiação infravermelha invisível no processo da fotossíntese. Muitas bactérias que florescem em ambientes semelhantes na Terra contêm pigmentos roxos.

“Bactérias roxas podem prosperar em uma ampla gama de condições, tornando-as uma das principais candidatas para a vida que poderia existir em uma variedade de mundos”, disse Lígia Fonseca Coelho, líder do estudo e pesquisadora do Instituto Carl Sagan da Universidade Cornell. Assim, mundos nos quais elas são dominantes produziriam uma "impressão digital de luz roxa" detectável por telescópios terrestres e espaciais. Até o momento, astrônomos confirmaram mais de 5.500 exoplanetas, incluindo mais de 30 potencialmente semelhantes à Terra. 

"É necessário criar um banco de dados para sinais de vida para garantir que nossos telescópios não os percam de vista caso não se pareçam exatamente com os que encontramos ao nosso redor todos os dias", acrescentou Lisa Kaltenegger, coautora do estudo e diretora do Instituto Carl Sagan. "Se as bactérias roxas estiverem prosperando na superfície de uma Terra congelada, um mundo oceânico, uma Terra de bola de neve ou uma Terra moderna orbitando uma estrela mais fria, agora temos as ferramentas para procurá-las", finalizou Coelho.

Fontes
Universidade Cornell
Imagens
istock