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Encontradas quantidades alarmantes de microplásticos em cérebros humanos

Segundo um novo estudo, em 10 anos houve um aumento de mais de 50% dessas substâncias presentes em amostras cerebrais analisadas 
Por History Channel Brasil em 01 de Setembro de 2024 às 13:05 HS
Encontradas quantidades alarmantes de microplásticos em cérebros humanos-0

Pesquisas recentes revelaram que os microplásticos estão se acumulando em níveis alarmantes em todos os órgãos do corpo humano. Agora, um estudo preliminar indica que amostras de cérebro analisadas em 2024 apresentaram uma quantidade dessas substâncias cerca de 50% maior do que em 2016. Os resultados, que ainda não foram revisados por pares, foram divulgados pelo National Institutes of Health, instituição de saúde governamental dos Estados Unidos. 

Conexão preocupante

No estudo, os pesquisadores examinaram tecidos do cérebro, rins e fígado de 92 corpos que passaram por uma autópsia forense para verificar a causa da morte nos anos de 2016 e 2024. Os cientistas descobriram que em 24 das amostras de cérebro coletadas no início deste ano, os microplásticos equivaliam a cerca de 0,5% de seu peso, em média. "É bastante alarmante", disse Matthew Campen, líder do estudo e professor da Universidade do Novo México, nos Estados Unidos.

Pesquisadores analisando dados cerebrais em um computador

O estudo também sugeriu uma possível conexão preocupante. Isso porque os pesquisadores examinaram 12 amostras de cérebro de pessoas que morreram com demência, incluindo a doença de Alzheimer. Esses cérebros continham até 10 vezes mais plástico em peso do que as amostras saudáveis. "Eu não sei quanto mais plástico o nosso cérebro pode armazenar sem que isso cause algum problema", afirmou Campen em entrevista ao The Guardian.

De acordo com os pesquisadores, os perigos para a saúde dos microplásticos no corpo humano ainda não são bem conhecidos. Mas, após a divulgação dos resultados do estudo, Sedat Gündoğdu, que estuda microplásticos na Universidade Cukurova, na Turquia, afirmou ao The Guardian que "agora é imperativo declarar uma emergência global".

Fontes
The Guardian e CNN
Imagens
istock