Filhotes de ararinhas-azuis nascem na Bahia após 20 anos de extinção no Brasil
Vinte anos após a espécie ter sido declarada extinta no Brasil, três filhotes de ararinhas-azuis nasceram na Bahia. Eles são fruto de um casal que veio entre 52 exemplares repatriados da Alemanha no ano passado. De acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), há 240 dessas aves vivendo em cativeiros privados ao redor do mundo.
Ararinhas-azuis reintroduzidas na natureza
As ararinhas-azuis devem ser reintroduzidas na natureza em um refúgio de vida silvestre na cidade de Curaçá, no extremo norte da Bahia. O nascimento dos filhotes foi possível por meio de um programa de reprodução, envolvendo Brasil e parceiros internacionais, que vem trabalhando pela preservação da espécie. Dos 52 animais que vieram para o país, 14 deles estão em pares dispostos em um recinto para reprodução.
As aves foram enviadas pela Association for the Conservation of Threatened Parrots (ACTP), uma entidade alemã. “O acordo foi estabelecido entre ICMBio e ACTP em 2019 para construção de um centro de reprodução no interior do Refúgio de Vida Silvestre da Ararinha Azul, unidade de conservação federal criada em 2018 para abranger a população a ser reintroduzida”, afirmou Camile Lugarini, responsável pela Área Temática de Pesquisa, Monitoramento e Manejo do Núcleo de Gestão Integrada (NGI) ICMBio Juazeiro.
Segundo a ICMBio, entre 2019 e 2020 foram registrados 18 nascimentos de ararinhas-azuis no criadouro Fazenda Cachoeira, em Minas Gerais. “Mas este é o primeiro nascimento na sua área de ocorrência histórica, (na Bahia). Os animais em cativeiro estão na Alemanha, Bélgica e Singapura. No Brasil, existem dois criadouros: um em Minas Gerais e outro na área de distribuição original, que é o norte da Bahia”, explicou Camile.
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Fonte: Agência Brasil
Imagens: ICMBio/Divulgação