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Herança genética dos neandertais pode ser crucial para enfrentar a COVID-19

DNA neandertal parecem estar relacionado com o modo como o corpo humano reage ao coronavírus
Por History Channel Brasil em 19 de Março de 2021 às 17:52 HS
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O cruzamento entre neandertais e humanos é um fato conhecido da ciência. Por isso, o genoma herdado desses nossos primos distantes está espalhado em pequenas quantidades pelo DNA humano de hoje, influenciando desde a grossura dos pelos até o metabolismo. Agora, pesquisas recentes indicam que existe uma relação entre a presença desses traços genéticos com a reação do nosso sistema imunológico à COVID-19

Anteriormente, os pesquisadores sabiam que os genes neandertais poderiam exercer influência em certas condições, como diabetes ou lúpus. Segundo os novos estudos, a COVID-19 entraria nessa lista de doenças. Duas seções DNA herdadas do Homo neanderthalensis parecem estar relacionadas com a resistência ou suscetibilidade à doença.

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DNA neandertal e COVID-19

Em uma das pesquisas, publicada na revista Nature, os cientistas Svante Pääbo e Hugo Zeberg explicaram que uma cadeia de DNA neandertal (ou haplótipo), está associada a um risco aumentado de desenvolver casos graves de COVID-19. Se uma pessoa possui uma cópia dessa sequência, ela dobraria as chances de acabar na UTI. Mas, se alguém tiver duas cópias, correria um risco ainda maior.

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No entanto, em um segundo estudo publicado no Proceedings of the National Academy of Sciences, pesquisadores relataram que o haplótipo neandertal localizado no cromossomo 12 tem uma capacidade protetora, mas também  menos potência: ter uma única cópia do haplótipo pode estar associado a 22% menos chance de desenvolver a forama crítica da doença.

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A disseminação dos vírus RNA (o SARS-COV-2 é um deles) consegue ser dificultada pelo haplótipo, pois as células infectadas acabam se autodestruindo imediatamente. Os especialistas tentarão determinar se a descoberta pode ajudar os médicos a avaliar quais pacientes de COVID-19 são suscetíveis a desenvolver sintomas mais graves da doença.

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Fonte: The Economist

Imagens: Shutterstock.com