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Metade das espécies do planeta caminha para a extinção, alerta novo estudo

Pesquisadores descobriram que a perda de biodiversidade na Terra é mais grave do que se pensava
Por History Channel Brasil em 25 de Maio de 2023 às 15:40 HS
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Um novo estudo aponta que a perda de biodiversidade causada pela industrialização humana é mais grave do que se pensava. De acordo com os pesquisadores, quase 50% das espécies do planeta caminham para a extinção. A análise, assinada por cientistas da Universidade Queen, em Belfast, na Irlanda do Norte, foi publicada na revista Biological Reviews.

Crise severa

De acordo com os métodos tradicionais utilizados pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) estimava-se que cerca de 28% da vida na Terra estaria ameaçada de extinção. No entanto, para conduzir o novo estudo, os pesquisadores fizeram uma análise em escala global usando uma medida diferente de risco de extinção: “tendências populacionais” (se o tamanho da população das espécies está diminuindo, permanece estável ou está melhorando com o tempo). Usando essa abordagem, os cientistas descobriram que a magnitude da crise de extinção é consideravelmente mais severa do que a mostrada pelos métodos usados atualmente.

Lobo-guará
O lobo-guará é uma das espécies ameaçadas de extinção no Brasil

O estudo analisou as mudanças nas densidades populacionais de mais de 70 mil espécies de animais ao longo do tempo em toda a superfície do planeta, tornando-se a pesquisa mais abrangente desse tipo já feita até hoje. Os achados dos pesquisadores mostram que 48% das espécies na Terra estão atualmente passando por declínios em seus tamanhos populacionais, enquanto menos de 3% delas estão aumentando suas populações. "A erosão global da biodiversidade tem sido amplamente identificada entre os desafios mais urgentes para a humanidade nas próximas décadas, ameaçando o funcionamento dos ecossistemas dos quais a vida depende, a produção de alimentos, contribuindo com a propagação de doenças e até colocando em risco a estabilidade da economia global", disseram os autores do estudo em um comunicado.

Os pesquisadores também descobriram que 33% das espécies atualmente consideradas “seguras” pelas categorias de conservação da União Internacional para a Conservação da Natureza estão de fato em risco de extinção. “Nosso trabalho é um alerta drástico sobre a atual magnitude dessa crise que já tem impactos devastadores na estabilidade da natureza como um todo, na saúde e no bem-estar humano”, disse Daniel Pincheira-Donoso, líder do estudo.

Fontes
Universidade Queen
Imagens
iStock