Milhões de mosquitos programados para autodestruição são liberados na natureza
A empresa britânica de biotecnologia Oxitec informou começou a liberar milhões de mosquitos geneticamente modificados nos Estados Unidos com o objetivo prevenir doenças e infecções mortais. A ideia é reduzir a população local da espécie Aedes Aegypti, responsável pela transmissão de dengue, febre amarela e Zika. De acordo com a companhia, patrocinada pela Fundação Bill e Melinda Gates, o primeiro lote de insetos já foi solto em Florida Keys.
Mosquitos modificados geneticamente
Os mosquitos OX5034 foram alterados geneticamente para, ao se reproduzir, transmitir um gene letal para seus filhotes fêmeas, fazendo com que elas morram na fase larval. Apenas as fêmeas picam os humanos, pois necessitam de sangue para a produção dos ovos. Os machos se alimentam apenas de néctar e, portanto, não são portadores nem transmissores de doenças. Sem as fêmeas na natureza, portanto, o número de infectados por doenças diminuiria.
Mas diversas organizações dedicadas à proteção do meio ambiente não estão convencidas de que o projeto seja seguro. Os ambientalistas temem que a disseminação dos espécimes geneticamente modificados na população selvagem possa prejudicar espécies ameaçadas de extinção, como pássaros, insetos e mamíferos que se alimentam dos mosquitos. Desde o ano passado, ONGs acusam o governo dos EUA de não ter avaliado suficientemente bem os impactos ambientais do programa.
A Oxitec se defende alegando que obteve resultados positivos em testes feitos em campo no Brasil. No nosso país, a empresa liberou mosquitos geneticamente modificados pela primeira vez em 2013.
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Fonte: CNN
Imagens: Istock.com