NASA confirma a existência de mais de 5 mil planetas fora do Sistema Solar
Pesquisadores da NASA confirmaram que a agência espacial contabilizou a existência de 5 mil exoplanetas fora do nosso Sistema Solar. Isso inclui planetas pequenos e rochosos, gigantes gasosos e quentes, “super Terras”, além de alguns “mini Netunos”, planetas que orbitam duas estrelas por vez e outros que giram ao redor de estrelas mortas. Trata-se de um marco na história da astronomia.
Busca por vida fora da Terra
“Não é apenas um número”, disse Jessie Christiansen, do Instituto de Ciência de Exoplanetas da NASA. “Cada um deles é um mundo novo, um planeta totalmente novo. Fico empolgada com cada um porque não sabemos nada sobre eles”, completou. Para serem adicionados à contagem da agência espacial, os exoplanetas devem ser confirmados independentemente por dois métodos diferentes. Além disso, o estudo deve ser publicado em um periódico revisado por pares.
Os primeiros exoplanetas foram encontrados no início dos anos 90. Observar apenas três deles em torno de uma estrela basicamente abriu as comportas para novas descobertas do tipo, disse Alexander Wolszczan, o principal autor do estudo que revelou os primeiros planetas fora do nosso Sistema Solar. “Se você pode encontrar planetas ao redor de uma estrela de nêutrons, eles devem estar basicamente em todos os lugares”, disse ele. “Estima-se que a Via Láctea pode conter centenas de bilhões desses mundos.
O TESS (Satélite de Pesquisa de Exoplanetas em Trânsito, na sigla em inglês), lançado em 2018, continua a fazer novas descobertas de exoplanetas. Mas, em breve, poderosos telescópios de última geração, como o Telescópio Espacial James Webb, capturarão a luz das atmosferas dos exoplanetas, analisando quais gases estão presentes para identificar potenciais sinais de condições habitáveis. “Na minha opinião, é inevitável que encontremos algum tipo de vida em algum lugar – provavelmente de algum tipo primitivo”, disse Wolszczan. "A estreita conexão entre a química da vida na Terra e a química encontrada em todo o universo, bem como a detecção de moléculas orgânicas generalizadas, sugere que a detecção da própria vida é apenas uma questão de tempo", acrescentou.