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O buraco de minhoca que poderia ser atravessado por humanos

Por History Channel Brasil em 01 de Novembro de 2019 às 17:55 HS
O buraco de minhoca que poderia ser atravessado por humanos-0

Um buraco de minhoca, basicamente, consiste em dois buracos negros conectados entre si. Teoricamente, seria como um cômodo com duas portas que podem ser abertas somente por fora. Portanto, atravessá-lo seria um desafio. No entanto, pesquisadores da Universidade da Califórnia afirmam que há um segundo tipo de buraco de minhoca, que permite a passagem de um ser humano, de um ponto ao outro.

Esse buraco de minhoca “transitável” teria um buraco negro em um extremo, e um buraco branco no extremo oposto. O branco teria as propriedades opostas ao negro, de forma que, em vez de atrair matéria ao seu interior, a expulsaria ao seu exterior. Para a física clássica, isso seria impossível, mas para a mecânica quântica e a Teoria das Cordas, não. 

Pesquisadores já haviam demonstrando antes que essa possibilidade poderia funcionar em teoria, mas que a energia forçaria os dois buracos negros a se afastarem um do outro, rompendo o buraco de minhoca. Agora, Diandian Wang, da Universidade da Califórnia, e sua equipe calcularam que a curvatura do espaço-tempo poderia neutralizar essa aceleração, mantendo os buracos negros estáticos e permitindo que a "garganta" do buraco de minhoca permanecesse aberta. 

No mundo subatômico, a física clássica deixa de ter validade e é substituída por um conjunto de leis muito diferentes. Ainda que não seja a primeira vez que essa possibilidade é considerada, anteriormente acreditava-se que os dois buracos se distanciariam um do outro, rompendo assim a conexão espaço-temporal que duraria apenas alguns instantes. 

Agora, os cientistas consideram que a própria curvatura do espaço-tempo neutralizaria a aceleração, e manteria os dois buracos negros estáticos, permitindo que o buraco de minhoca permanecesse aberto, para que o trânsito entre ambos os pontos fosse possível, inclusive por um ser humano. 


Fonte: ABC e New Scientist

Imagem:  Shutterstock.com