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O incrível caso do homem que botou a cabeça em um acelerador de partículas e sobreviveu

Em 1978, o crânio de Anatoli Bugorski foi atravessado por um feixe de prótons na velocidade da luz
Por History Channel Brasil em 22 de Abril de 2021 às 18:45 HS
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O que aconteceria se alguém colocasse a cabeça dentro de um acelerador de partículas sem querer? Nas histórias em quadrinhos, provavelmente a pessoa iria adquirir poderes sobre-humanos e se tornar um super-herói (ou vilão). Na vida real, quando um acidente assim ocorreu de verdade, o desfecho foi outro.

Feixe de prótons no crânio

Em 13 de julho de 1978, o físico Anatoli Bugorski trabalhava no Síncrotron U-70, o maior acelerador de partículas da União Soviética, quando aconteceu o acidente. Ao se aproximar de uma peça para inspecioná-la de forma mais detalhada, houve uma falha nos dispositivos de segurança. Assim, ele foi atingido na cabeça por um feixe de prótons que se movia praticamente na velocidade da luz. 

Bugorski contou que viu um flash “mais brilhante que mil sóis” enquanto o lado esquerdo de seu crânio era atravessado pelo feixe de prótons. Apesar disso, ele afirmou que não sentiu dor. Em seguida, ele não contou nada para ninguém e foi para casa depois do expediente, esperando pelo pior. 

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À noite, o rosto de Bugorski começou a inchar a ponto de deixá-lo irreconhecível. No dia seguinte, ele foi ao médico, que o encaminhou a um hospital. Os especialistas acreditavam que não havia nada a fazer, a não ser observar os últimos momentos do físico. Isso porque quantidades de radiação menores do que as contidas no feixe de prótons que atingiu Bugorski normalmente levariam uma pessoa à morte. 

Surpreendentemente, Bugorski sobreviveu. Nos dias seguintes, a pele começou a descascar em volta dos pontos por onde o feixe de prótons entrou e saiu. Como efeito colateral, seu rosto ficou paralisado do lado esquerdo. Estranhamente, ele também passou a envelhecer só do lado direito da face. Apesar de apresentar algumas convulsões nas décadas após o acidente, ele continuou a viver e a trabalhar normalmente. 

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Fonte: IFLScience

Imagens: Domínio Público/Reprodução e Shutterstock.com